Manaus, 18 de maio de 2024
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Cenário

Após operação do MP-AM, Coari entra na mira do MP federal

Após operação do MP-AM, Coari entra na mira do MP federal

Prefeito de Coari, Adail Filho, foi preso na Operação Patrinus. (Foto: Divulgação)

Há pouco mais de um mês de passar por uma operação do Ministério Público do Estado (MP-AM) que constatou fraudes em licitações que somaram mais de R$ 100 milhões, a Prefeitura de Coari, agora, está na mira do Ministério Público Federal (MPF). O alvo da investigação é a verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que foi apontada pela chefe do MP-AM, Leda Mara Nascimento, como uma das fontes de recursos que o grupo do prefeito Adail Filho (Progressista) usou ilegalmente em favorecimento de fornecedores. Depois do promotor Weslei Machado e da própria procuradora Leda Mara, Adail Filho terá que enfrentar o novo procurador-chefe do MPF, Thiago Corrêa, que conduziu a operação Maus Caminhos, na Saúde, e resultou na prisão de secretários de Estado e do ex-governador José Melo e a ex-primeira-dama Edilene Gomes. Não há, até o momento, um valor certo do prejuízo que o grupo de Adail Filho causou ao Fundeb de Coari, mas a estimativa é que tenha passado das casas dos dois dígitos de milhões.

Herança

Além de herdar a gestão de Coari, Adail Filho herdou do pai, Adail Pinheiro, a desconfiança dos órgãos fiscalizadores. Citado no documentário sobre o Caso Wallace, da Netflix, Pinheiro foi confrontado na série pela má gestão dos recursos milionários de royalties.

IDH baixo

No seriado, as gestões de Adail Pinheiro (2001-2004 e 2005-2008) foram colocadas em xeque dada a arrecadação tributária da cidade, que é a segunda maior do Amazonas, e não se via os recursos chegarem à população que, até hoje, tem um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH).

Maués x MPF

Outra prefeitura do interior do Amazonas que está na mira dos procuradores da República é a do município de Maués. Em setembro, matéria do GRUPO DIÁRIO DE COMUNICAÇÃO (GDC) noticiou que os próprios servidores da prefeitura denunciaram o uso ilegal do Fundeb.