Manaus, 2 de maio de 2024
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Cenário

Após pedido de inversão de pauta, base e oposição entram em discussão na CMM

Alfaia disse que a inversão seria por conta de projetos acumulados na Casa, mas Marcelo Serafim retrucou ao dizer que a base estaria se aproveitando para garantir aprovação dos projetos.

Após pedido de inversão de pauta, base e oposição entram em discussão na CMM

(Foto: Divulgação assessoria/Robervaldo Rocha/DICOM)

Manaus (AM) – Uma discussão acalorada entre o vereador Marcelo Serafim (PSB) e vereadores da base aliada do prefeito David Almeida (Avante), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (18), deixou o ambiente um pouco pesado após o líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia (PNM), ter pedido uma inversão de pauta.

Em seu discurso, Alfaia destacou que a inversão seria por conta de projetos acumulados na Casa legislativa e, para não prejudicar ainda mais os trabalhos na CMM, pediu ao presidente, vereador Caio André (Podemos), que seu pedido fosse atendido.

“Gostaríamos de solicitar essa inversão da pauta para que pudéssemos dar celeridade na votação de projetos que estão ficando acumulados para a gente não penalizar ainda mais os trabalhos”, solicitou Alfaia no início da sessão.

Caio André (Podemos) afirmou que essa era a intenção da Casa nesta segunda-feira (18), mas que, com o falecimento da mãe do vereador Rosivaldo Cordovil (PSDB), muitos parlamentares estavam participando do velório e, por esse motivo, cancelou a sessão plenária. 

Marcelo Serafim, que é ex-líder de David na CMM e, hoje, integra o grupo de oposição à gestão municipal, reagiu ao pedido de Alfaia alegando que seria um equívoco inverter a pauta.

“É uma questão de respeito, acho que tem vários colegas no velório, e eu quero até lamentar algumas posturas aqui, que posteriormente, fora do microfone, conversarei. Mas acho que no dia de hoje, com o falecimento da mãe de um vereador, inverter a pauta com vários colegas no velório é um equívoco. Nós não vamos ter nada de decisivo para ser votado hoje. Não vamos ter nenhum grande embate dentro do plenário para querer se aproveitar desse tipo de situação para ter maioria. Então, faço essa ponderação, porque imagino que a base do governo tenha o mínimo de escrúpulo”, disparou.

No entanto, a fala de Marcelo Serafim não agradou à base de David Almeida, que reagiu alegando que o vereador estava insinuando que eles estavam se aproveitando da situação para obter vantagem em uma possível votação de projetos de lei do Executivo municipal.

“Ninguém quer se aproveitar disso. O fato de pedirmos, aqui, não tem relação nenhuma com descortesia ou desqualificação com relação ao fato do velório da mãe do vereador Rosivaldo. Não tem nada a ver. Não vamos colocar as coisas dessa forma, tentar colar algo que não existe”, disse o vereador Mitoso (MDB).

Outro membro da base, o vereador Wallace Oliveira (DC) afirmou que Marcelo Serafim deveria refletir sobre a fala e completou dizendo que Serafim foi “tomado por impulso muito preocupante”. Com isso, Eduardo Alfaia voltou a se manifestar e afirmou que não usaria o falecimento da mãe de Cordovil como um “cavalo de batalha” (que significa se aproveitar da situação).

“Não vou, em nenhum momento, fazer disso um “cavalo de batalha” e não aceitaremos essa colocação de insensibilidade dos vereadores da base. Eu julgo que a ‘Ordem do Dia’ é muito mais produtiva e proveitosa à cidade de Manaus, não menosprezando o pequeno expediente, mas o pequeno expediente são discursos, são falas, são opiniões de 4 minutos. A ‘Ordem do Dia’ é a oportunidade do parlamento de votar, de rejeitar, de fazer discussões sobre as matérias que realmente influenciam a vida das pessoas da cidade de Manaus. Não vejo nenhuma insensibilidade nisso”, expôs Alfaia.

No final da discussão, Caio André encerrou a sessão para que os vereadores pudessem comparecer ao velório da mãe de Cordovil.

 

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