BRASÍLIA, DF – Após mais de quatro meses de espera e de muita pressão pelos parlamentares bolsonaristas no Congresso Nacional, o presidente da Comissão de Constitucional e Justiça (CCJ) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), discute marcar, para dezembro, a sabatina de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista, o parlamentar sinalizou tanto na segunda-feira (22) como nesta terça-feira (23) ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e a senadores que integram a comissão parlamentar a predisposição em marcar a data.
Alcolumbre considera anunciar a sabatina até o final da próxima semana, quando pretende divulgar o calendário até o final do ano de votações da comissão parlamentar do Senado Federal.
Em conversas reservadas, o parlamentar observou que, pelos cálculos feitos até o momento, teria uma maioria apertada para derrubar a indicação de Mendonça. O receio de aliados do senador é que, no médio prazo, a pressão de lideranças evangélicas acabe virando votos a favor de Mendonça.
Além disso, há um receio de interlocutores do senador de que deixar a sabatina para o ano que vem pode ser utilizado por adversários do parlamentar como munição eleitoral, sobretudo diante do eleitorado bolsonarista e evangélico no Amapá.
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Nos últimos quatro meses, desde que o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) oficializou a indicação de Mendonça ao STF, para ocupar vaga deixada por Marco Aurélio Mello, o indicado de Bolsonaro procurou Alcolumbre, por meio de mensagens e contato telefônico, mas foi ignorado por Davi, até então.
A demora para marcar a data é a maior de um presidente da CCJ para a realização de uma sabatina de um indicado à Suprema Corte.
(*) Com informações CNN
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