Arthur Neto (Foto: Reprodução/Redes Sociais/AVN) e David Almeida (Reprodução/Instagram/David Almeida)
Manaus (AM) – O ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (sem partido) recebeu uma chuva de críticas após desaprovar a ação da Prefeitura de Manaus que pintou de vermelho uma ciclovia sobre as pedras portuguesas no calçadão da Ponta Negra, na Zona Oeste.
Desde a noite do último sábado (21), a pintura virou uma “pedra no sapato” do prefeito, que já mandou retirar a ciclovia. No início da tarde desse domingo (22), o secretário de Infraestrutura, Renato Júnior, divulgou a notícia da remoção da tinta sobre as pedras portuguesas.
De carona, Arthur Neto aproveitou a repercussão e publicou texto nas redes sociais dizendo estar muito triste com a decisão de David de cobrir as pedras portuguesas. “Foi um grave equívoco, que choca arquitetos, bons engenheiros, todos, enfim, que sabem o valor estético das pedras portuguesas”, lamentou Arthur.
Arthur disse, ainda, que foi um equívoco que não resistiu a 24 horas de manifestação de desagrado nas redes sociais. “Penso sempre no aspecto econômico-financeiro de uma gestão. Dinheiro público será gasto para desfazer o que não deveria ter sido feito, fora algum outro problema que essa operação possa ter criado”, disse.
O ex-prefeito também disse que em sã consciência, o atual gestor, sabe, “no fundo do coração”, a Manaus organizada que Arthur teria entregue a David Almeida.
Porém, a declaração fez lembrar a população de obras feitas por Arthur quando foi prefeito de Manaus. Os internautas lembraram que o ex-prefeito construiu uma parada de ônibus no valor de R$ 207 mil. “Manaus sendo bem representada, olha… um pior que o outro!”, criticou.
Outro internauta também lembrou que Arthur foi o “prefeito que criou a faixa azul, como diz o nome, custou milhões aos cofres públicos pra pintar uma faixa em que em nada favoreceu a mobilidade urbana”. Veja os comentários.
Gestão anterior também errou com ciclofaixa
As críticas de Arthur também fizeram lembrar outra obra relacionada à mobilidade urbana, que também deu o que falar e, de quebra, rendeu uma ação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
Considerada “inadequada”, a ciclofaixa que teria custado R$ 22,8 milhões aos cofre públicos – segundo extrato publicado no Diário Oficial do Município (DOM), do contrato nº 047 de outubro de 2013 – teve ordem para ser desativada.
Na época, o promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá Guimarães alegou que a ciclofaixa colocou os ciclistas em risco de acidentes e prejudicou o trânsito com a diminuição das vias.
Veja abaixo a recente publicação do ex-prefeito de Manaus sobre a ciclovia da gestão de David na Ponta Negra:
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