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Cenário

Arthur diz que é preciso diálogo para evitar a saída da Petrobras do Amazonas

"Forte golpe na economia em um momento em que a Zona Franca de Manaus se encontra já fragilizada", afirma Arthur Neto

Arthur diz que é preciso diálogo para evitar a saída da Petrobras do Amazonas

Foto: Divulgação Facebook

O prefeito da capital Arthur Virgílio Neto (PSDB) demonstrou descontentamento com a notícia de que a Petrobras irá sair do estado. Para o prefeito, o Amazonas já perdeu muito desde a chegada da pandemia e agora perderá mais uma vez. As declações de Arthur foram publicadas em na sua página de facebook, veja abaixo.

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Arthur Neto fala que a possibilidade de saída da Petrobras é muito grave para o estado e um forte golpe na economia em um momento em que se encontra já fragilizada.

“É importante que alguém tivesse chegado e ter dito ‘poxa zona franca, você passa por mal um pedaço aí, que eu Petrobras, vou segurar a outra parte pra você’. Mas não fazê-la sair daqui, não criar problemas pra nós”, disse o prefeito em vídeo.

Arthur lembra que a Zona Franca já perdeu pelo menos 46% de seu lucro em comparação ao período que estamos hoje com o do ano passado.

“A Petrobras é uma das maiores empresas do Brasil, ou até da América Latina, e não pode sair da região mais fundamental para o país. Acredito que tem de haver um diálogo entre a cúpula da petroleira com a cúpula do governo do Estado, para uma negociação viável para os dois lados”, disse Virgílio.

Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito de Manaus destacou a importância da geração de empregos que a empresa proporciona na região do interior do Amazonas, e a consequente preservação do meio ambiente. “Ela [Petrobras] ajuda a preservar a Floresta Amazônica em pé, está presente em uma área de mais de 350 quilômetros quadrados, por todas essas razões não podemos ver como inimigos e sim procurar manter como uma parceira permanente para eu nunca mais pense em sair do Amazonas, que tem uma grande perspectiva de futuro. Sair daqui não me parece uma ideia muito inteligente”, completou Arthur Neto.

Tornar o mercado de gás mais competitivo na região seria uma das alternativas para abrir um diálogo com a petroleira para continuar investindo em terras do Amazonas, mas o governo estadual vetou o Projeto de Lei nº 153/2020, que tinha como proposta regular o mercado de gás no Amazonas. “A Petrobras era uma empresa paquidérmica e, no primeiro momento, tomou um susto com a quebra do monopólio do petróleo, eu votei a favor do fim, pois acho o monopólio um vício que deturba e torna preguiçoso. Depois disso, o desempenho da empresa melhorou. Acredito que uma abertura possa dar, ainda, mais gás à Zona Franca de Manaus, que perdeu este ano 46% do seu faturamento em relação ao ano passado em seus polos. É muito grave para o Amazonas a saída da Petrobras, perder os investimentos em Urucu em um momento de economia combalida, é o pior para o nosso Estado, uma situação que nos esvazia”, completa o prefeito, reforçando, mais uma vez, que o diálogo entre a empresa e o governo é o melhor para o povo do Amazonas. “Tem que buscar um  entendimento para que os dois possam lucrar, explorando de forma sustentável a região mais promissora do Brasil”, finalizou Virgílio.

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O Amazonas precisa ficar em alerta, nossa bancada federal não pode ser omissa à situação econômica frágil que o Estado está passando. Com a saída da Petrobras dos campos de Coari e Tefé, muitas famílias ficarão desestabilizadas com a perda dos empregos. Nossa Zona Franca de Manaus está frágil nesse período de crise econômica que já estava se formando, e também com a chegada da pandemia causada pelo novo coronavírus. A Petrobras é uma grande força para a arrecadação do Amazonas. Precisamos unir esforços e abrir um diálogo de negociação, mas não podemos perder de maneira tão fácil os investimentos no interior caso a Petrobras seja retirada da Amazônia.

Publicado por Arthur Virgílio em Domingo, 28 de junho de 2020

*Com informações da assessoria