O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), continua sua jornada pela cidade na onda de inaugurações de fim de mandato. As duas mais recentes mostram o esforço do prefeito de, pelo menos, amenizar os possíveis problemas que enfrentará após embarcar de vez no ‘Balatal’ que sai no final de dezembro.
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Sob a justificativa de homenagear a família do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell Marques, Arthur Neto em companhia da primeira-dama Elizabeth Valeiko, inauguraram, na tarde de terça-feira (8), um Centro Integrado Municipal de Educação (Cime), com nome de Dra. Viviane Estrela Marques Rodella e rebatizaram a Rua do Comércio no Parque Dez, de rua Dona Vivi Marques.
A primeira, irmã do ministro. A segunda, mãe do ministro.
O ministro e o MP
É forte e inegável a influência do ministro Mauro Campbell no Ministério Público do Estado (MPE-AM) e com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM).
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Há quem afirme que foi dele, junto ao governador Wilson Lima (PSC), a palavra final na escolha do promotor de Justiça Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, para o cargo de Procurador-Geral de Justiça do MPE-AM.
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A escolha de Alberto defenestrou de vez a ex-procuradora Leda Mara, que buscava recondução ao cargo, e comandou as primeiras investigações do Caso Flávio dentro do MPE-AM.
‘O Caso Flávio’
É justamente no MPE-AM, não só Arthur Neto, mas também Elizabeth Valeiko, a filha dela, Paola Valeiko e o genro da primeira-dama, Igor Gomes Ferreira, estão enrolados.
Não só com o envolvimento direto do filho da primeira-dama, Alejandro Valeiko, no assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues. Os referidos estão envolvidos, também em investigações de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.
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Arthur virou alvo do MPE-AM em setembro após o promotor de Justiça, Hilton Serra Viana, publicar abertura de um inquérito civil contra ele pelo suposto uso de veículos oficiais e agentes públicos em benefício do enteado, Alejandro Valeiko, no ‘Caso Flávio’.
A primeira-dama, a filha e o genro também estão arrolados no MPE-AM numa investigação parada há mais de um ano por suspeita de lavagem de dinheiro.
A suspeita é que a primeira-dama, sua filha e genro tenham praticado lavagem de dinheiro pela rápida evolução do patrimônio da família. Tais indícios teriam ficado evidentes pela compra de franquias de uma pizzaria, no valor de R$ 3 milhões; pela aquisição de casas em condomínios de luxo, de uma concessionária/locadora de veículos e de casas lotéricas. Algo que não condiz com os bens que eles possuíam.
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