(Divulgação)
Durante a visita nas obras de restauro da Biblioteca Municipal, o prefeito Arthur Neto comentou sobre a morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, de 42 anos, ocorrida na última segunda-feira, 30.
À imprensa, o titular do 19º DIP, Aldeney Goes, que conduz a investigação, afirmou que a polícia não encontrou indícios de invasão na residência onde o engenheiro estava com o enteado de Arthur, Alejandro Molina, contrariando a primeira declaração do prefeito sobre o assunto.
“Se invasão é meter o pé na porta e arrombar, certamente não houve. Mas se uma pessoa entrar indevidamente e praticar gestos violentos, eu considero que sim, é uma invasão. Não tenho interesse em polemizar”, explicou.
Ainda segundo o prefeito, crimes são registrados diariamente na capital amazonense, porém o caso repercutiu devido o cargo que exerce.
“Não é assunto pra ficar tratando até porque isso é corriqueiro em Manaus. Se parecer que foi só aquilo, parece que Manaus é uma maravilha e Manaus está nas mãos do crime organizado. Não vamos mexer nisso, pense no seguinte: Se eu fosse mestre de obras, vocês não estariam me perguntando sobre isso? Se a minha esposa fosse de outra pessoa, ninguém estaria mexendo com ela, [mexem] porque é comigo”, questionou.
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Até o momento não há nenhuma restrição em relação a ele, afirma delegado
Arthur prestou condolências a família e afirmou que não irá mais comentar o assunto. “Eu espero que o delegado aponte as verdades com rapidez ao fim do inquérito para que os processos revelem os culpados. O que mais precisa aqui em Manaus é punir culpado, o que mais tem é traficante na rua fazendo violência”, disse e acrescentou “Vamos ver se a gente deixa a Justiça resolver as coisas”.
Arthur Neto disse que “verdade vai aparecer” e declarou ainda que tem muita “solidariedade em relação” a morte de Flávio. “Ele estava ali, por esses caminhos da vida, assim como meu enteado. Poderia ter sido meu enteado que saiu com a cabeça ferida. Mas, por favor, quero que a família se sinta abraçada por mim. Queira ou não queira, essas coisas passam e a verdade aparece”, salientou.
O caso
O corpo de Flávio foi encontrado em um terreno baldio no bairro Tarumã, zona Oeste, na manhã de segunda-feira, 30. No dia anterior, o engenheiro participou de uma festa na casa do enteado de Arthur, Alejandro Molina, no condomínio Passaredo, bairro Ponta Negra, zona Oeste.
De acordo com o prefeito, a casa foi invadida por homens encapuzados que “cobravam do engenheiro uma dívida do tráfico”. A família de Flávio rebateu as informações e disse que pretende apresentar suas versões dos fatos.
Investigação
A polícia está colhendo depoimentos e vai analisar as câmeras de segurança do condomínio para concluir o inquérito e apontar culpados. De acordo com Aldeney Goes, todas as narrativas estão sendo analisadas e só serão descartadas com provas técnicas. Até o momento, nenhum suspeito foi divulgado para não atrapalhar o andamento das investigações.
Em relação a Alejandro, o delegado destacou que não há nenhuma restrição contra e que nesse primeiro momento, ele prestou depoimento apenas como informante do caso.
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