'Atuação fraca e corrupção', dizem populares sobre deputados federais do AM

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População reclama da atuação parlamentar - Foto: (Reprodução/Arquivo pessoal)

Brasília (DF) – O trabalhado dos deputados federais do Amazonas tem deixado a desejar, isso é o que dizem os manauaras entrevistados pelo Portal AM1.

Segundo a Câmara, como representantes do povo, os deputados possuem duas atribuições principais: legislar e fiscalizar.

Para os trabalhadores, existe uma desconfiança na atuação de deputados e senadores.

“Escândalos de corrupção e a sensação de que os parlamentares estão distantes das necessidades reais da população contribuíram para esse cenário”, disse o autônomo Áureo Neto.

Exemplo disso foi o líder da bancada evangélica na Câmara em 2024, deputado Silas Câmara (Republicanos). Ele teve o mandato cassado por gastos ilícitos de recursos financeiros durante a campanha eleitoral de 2022, mas o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) retrocedeu e derrubou a própria decisão, mantendo-o em sua cadeira na Câmara federal.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a prestação de contas do parlamentar apresentou irregularidades e inconsistências ligadas ao fretamento de aeronaves.

Conforme os dados da Casa legislativa, Silas gastou do cotão parlamentar mais de meio milhão de reais em ações como divulgação das atividades parlamentares, locação de aeronaves e despesas aéreas.

Dança das cadeiras

Entre 2024 e 2025, a bancada amazonense teve duas trocas significativas ligadas ao governo estadual e municipal.

O retorno de Fausto Junior (UB) à Casa Baixa após ser licenciado para comandar a pasta de desenvolvimento urbano da gestão Wilson Lima (UB), e a saída de Saullo Vianna, que deixou o Congresso para atuar como secretário da assistência Social de Manaus, deu espaço para Pauderney Avelino (UB) ocupar uma das oito vagas do Amazonas na Câmara, mesmo não sendo eleito em 2022.

Causas próprias

Para o funcionário público Michael Almeida, os deputados buscam “puxar a sardinha para o seu lado” e lutam por suas próprias causas. Durante a campanha eleitoral, todos escolhem suas pautas específicas e tradicionais como saúde, educação e o ‘velho dizer sobre a BR-319’.

“Nestes últimos anos, temos visto que os deputados atuam cada vez mais em causa própria, defendendo seus próprios interesses e o interesse de outros que os “ajudaram a se eleger”, no caso de lobbies a empresas e setores específicos, vemos que os votos em matérias importantes não são a favor do povo”, argumenta Almeida.

Sobre a participação dos parlamentares nas comissões, Áureo Neto destacou que apesar da importância dos temas, “muitas vezes os debates são polarizados e pouco produtivos”.

O contador Ismael Silva, por sua vez, comentou que a bancada possui uma articulação fraca “pois muitos deles se ligam a ideologias cristãs e de gênero sexual”.

“Infelizmente não existe políticas públicas voltadas para a população carente (melhorias), só se fala em pagar benefícios para os mais humildes, mas não se vê cobrança em relação a estudos e programas voltados a diminuição da criminalidade infantil como Proerd/Jovem Cidadão –, antigos projetos do governo”, pontuou o contador.

Ainda no mesmo tema, a autônoma Danny Lucas, de 32 anos, destacou que nem todos se corrompem, mas existe corrupção.

“(…) não sou positiva com a política daqui de Manaus; é muita corrupção, desonestidade e cara de pau. A maioria dos deputados que foram eleitos não fazem nada”, pontuou.

Em uma publicação do deputado federal Átila Lins, a autônoma destacou sua insatisfação com o mandato do parlamentar.

“O deputado que mais gasta dinheiro público kkkkkk, eita leleê 580 mil reais do dinheiro público. Se manque”, destacou em comentário nas redes do parlamentar.