Manaus, 2 de maio de 2024
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Manaus, 2 de maio de 2024

Brasil

Audiências em Tabatinga decidem se assassinos de Dom e Bruno vão a júri popular

As audiências devem se estender até a próxima quarta-feira (22) e parte dos depoimentos será colhida de forma on-line

Audiências em Tabatinga decidem se assassinos de Dom e Bruno vão a júri popular

Bruno Pereira e Dom Phillips articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari (Foto: Redes Sociais/Reprodução)

Manaus – Iniciam nesta segunda (20), em Tabatinga, as audiências para decidir sobre a ida ou não dos suspeitos dos assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira a júri popular. Nesse início do processo, na cidade amazonense distante 1.107 quilômetros de Manaus, serão ouvidas quatro testemunhas.

As audiências devem se estender até a próxima quarta-feira (22). Em nota, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) informa que parte dos depoimentos será pela internet. Alegando limitações do link de internet Manaus-Tabatinga, o Tribunal restringirá o sinal da audiência somente às partes e testemunhas.

Pelo menos oito pessoas foram colocadas sob suspeita, por possível participação nos homicídios e na ocultação dos cadáveres. No final de outubro de 2022, o suposto mandante do assassinato, o colombiano Rubens Villar Pereira, foi posto em liberdade provisória após pagar fiança de R$ 15 mil.

Segundo a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas, Pereira, também conhecido como Colômbia, foi para prisão domiciliar em Manaus e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica. Devido às dificuldades de acesso à internet no interior do estado, ele foi solto sob a condição de permanecer na capital amazonense.

Permanecem presos, desde junho de 2022, os suspeitos Amarildo da Costa Oliveira, Oseney Costa de Oliveira e Jeferson da Silva Lima.

Assassinatos

O correspondente do The Guardian e o indigenista foram executados em junho de 2022. Eles articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo.

Dom Phillips pretendia, inclusive, publicar um livro sobre as questões que afetam o território e fazia apurações das informações, na época. Na Terra Indígena Vale do Javari, encontram-se 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas.

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