O governo de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira, 4, que pretende quase dobrar o efetivo policial que atua diariamente na cidade de São Paulo numa tentativa de frear a onda de furtos e roubos que tem assustado os moradores nas últimas semanas.
A quantidade de agentes em operação deve passar dos atuais 5 mil para 9.740, reforço que vai contar também com a participação da Prefeitura da capital paulista. A iniciativa está sendo chamada de Operação Sufoco.
As medidas anunciadas nesta manhã pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB) e pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), vieram com uma “autorização” do governador. “Quem levantar arma contra a polícia vai levar bala”, disse Garcia, pré-candidato à reeleição no Estado.
O reforço adicional de 4.740 policiais na atividade diária ocorrerá por meio da Operação Delegada (“bico” oficial dos policiais pago pela Prefeitura, que vai acrescentar 1.240 agentes) e por meio da jornada extra de trabalho a ser paga pelo próprio governo estadual (com 3,5 mil policiais extras).
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O governo estima que 1,5 mil viaturas circulem por dia na cidade, com apoio de seis helicópteros e drones que vão sobrevoar as marginais e corredores viários. O pacote é uma tentativa de Garcia, que assumiu em abril no lugar de João Doria (PSDB), de dar resposta rápida aos casos recorrentes de roubos violentos na capital.
O governador vai disputar a reeleição para retornar ao cargo em outubro e tem entre os seus adversários o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas (Republicanos), que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, que tem como uma das bandeiras a postura “linha dura” contra criminosos.
Repercussão
No mês passado, o caso de um jovem estudante morto em um latrocínio no Jabaquara cometido por um falso entregador de delivery chamou a atenção para a gravidade do problema. “Fiquei muito impactado, junto como toda a sociedade de São Paulo, com o assassinato daquele jovem Renan. É inconcebível a gente aceitar e conviver com isso”, disse Garcia.
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Segundo o governo, um acordo foi firmado com empresas de entrega por aplicativo para compartilhar bancos de dados e informações sob coordenação da área de inteligência das polícias. “A troca da base de dados será incorporada para facilitar a identificação de criminosos que tentam se passar por entregadores. Também foi definida a continuação das abordagens e das ações educativas”, informou o governo.
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