Foto: Ricardo Stuckert / PT
São Paulo, SP – Com um grande número a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) de menções nas redes sociais, os aliados do ex-presidente Lula (PT), dentro e fora do PT, começaram a pressionar a sigla para que avance na mobilização popular para a candidatura do petista à presidência. De acordo com eles, não é favorável esperar a campanha eleitoral para sensibilizar eleitores.
A cobrança era interna, no entanto, começou a vir a público nos últimos dias. Em geral, o projeto de um terceiro mandato para Lula precisa ganhar força nas ruas e chegar às chamadas massas populares como forma de fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
A questão já foi levada para a cúpula do PT por aliados como o líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e pré-candidato do PSOL ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos, e por porta-vozes da Frente Brasil Popular, que agrega dezenas de movimentos sociais.
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Para os segmentos que querem iniciar a mobilização de Lula, é possível começar a envolver a classe trabalhadora e as camadas menos ligadas no debate político, nos moldes do planejamento que o PT já faz para redes sociais.
Com iniciativas, os ativistas pretendem criar comitês, sendo espaços partidários e voluntários, além de cartilha da legenda para abordarem potenciais eleitores, além de panfletagens e visitas de porta em porta para conversar com moradores sobre a candidatura do ex-presidente.
Conforme a assessoria do PT explicou ao Folha de S. Paulo, já foram criados de forma espontânea cerca de 600 comitês. A secretária nacional de mobilização do partido, Mariana Janeiro, diz que eles são “a grande aposta” da campanha.
“A ideia que o PT tem com esses comitês é fazer o que faz de melhor: conversar com as pessoas. Entendemos que a comunicação nas redes sociais é extremamente importante, mas sabemos que o povo quer conversar e que não tem nada melhor do que falar pessoalmente”, disse ela.
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No entanto, de acordo com ela, não existem pressões para que o PT volte às ruas, mas uma ansiedade e vontade de levar o nome do Lula para o maior número de territórios possíveis.” A dirigente afirma ainda que “o partido está sendo muito prudente em se organizar internamente e organizar a sua militância”.
Lula já vem destacando a vontade de circular pelo Brasil e retomar o contato com a população, respeitando limites impostos pela pandemia. “Estou cansado de ficar prisioneiro dentro de casa. É preciso andar pelo país e conversar com todas as pessoas”, disse em evento do partido.
O ex-presidente, que tenta combater o clima de “já ganhou” na legenda, afirma que a disputa será dura e que ele precisará formar uma espécie de mutirão –uma soma de forças partidárias e sociais em uma frente ampla– não só para ganhar o pleito, mas também para governar.
(*) Com informações da Folha
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