Manaus, 21 de maio de 2024
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Política

Bolsonaro diz que ação no TSE é ‘tempestade em copo d’água’

Bolsonaro começa a ser julgado, nesta quinta-feira (22), pela Justiça Eleitoral, em uma ação do PDT, que o acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicações.

Bolsonaro diz que ação no TSE é ‘tempestade em copo d’água’

(Foto: Agência Brasil)

Brasília (DF) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (21), em entrevista à CNN, que seu julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é uma “tempestade em um copo d’água”.

“Eu não sei por que criar uma tempestade em um copo d’água. Apenas foi conversado com eles [com os embaixadores convocados para uma reunião] como funcionava o sistema eleitoral. Eu não falei a palavra fraude ali, no tocante às futuras eleições. Falei daquele inquérito da Polícia Federal de novembro de 2018 que, até hoje, não foi concluído ainda. Apenas isso. Qual o problema discutir esse assunto?”, questionou Bolsonaro.

O ex-chefe do Executivo começa a ser julgado, nesta quinta-feira (22), pela Justiça Eleitoral, em uma ação do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que o acusa de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicações durante uma reunião com embaixadores, ocorrida em julho do ano passado.

Na ocasião, Bolsonaro criticou as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. “No meu entender, não justifica uma reunião com embaixadores mover uma ação para tirar os direitos políticos, no caso da minha pessoa”, continuou.

Reunião com embaixadores

Na reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e colocou em dúvida o resultado das eleições de 2018, quando foi eleito com 55,13% dos votos.

A eles, Bolsonaro disse à época: “Tenho centenas de vídeos de eleitores que, ao apertarem meu número nas urnas, aparecia o voto para outro candidato. Ao apertarem o 7, aparecia o 3. Não vi ninguém falando do outro lado. Estou falando antes para que haja tempo de consertar pelo TSE”.

Durante a entrevista, Bolsonaro defendeu que a política externa, como receber embaixadores estrangeiros, é competência privativa do presidente da República.

“Por que eu convidei os embaixadores e não convoquei? Porque dois meses antes, aproximadamente, o ministro do STF Edson Fachin, que compunha o TSE, reuniu-se também com aproximadamente 65 embaixadores e falou sobre eleições, sobre o sistema eleitoral e mandou uma mensagem muito parecida com o seguinte: ‘Tão logo o TSE anuncia o resultado das eleições, vocês façam sugestões junto ao respectivo chefe de Estado para que o reconhecimento do eleito se faça imediatamente’”, justifica o ex-presidente.

“Então, convidei os embaixadores, em torno de 60 apareceram, ou seus representantes, e falei sobre o sistema eleitoral brasileiro, como ele é na prática. E teci comentários sobre o inquérito de novembro de 2018 que começou e não foi concluído sobre possíveis fraudes nas eleições de 2018. Isso o que aconteceu. Então as possíveis críticas e observações não foram ataques, foram a resposta que eu dei ao ministro Fachin”, finaliza.

O ex-chefe do Executivo assegura que, na ocasião, não solicitou votos a ninguém e nem fez crítica ao sistema eleitoral.

(*) Com informações da CNN
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