Manaus, 26 de abril de 2024
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Política

Bolsonaro diz que não vai intervir em preço dos combustíveis

Presidente disse que política de interferir nos preços 'não deu certo', e admitiu a possibilidade de privatizar a Petrobras

Bolsonaro diz que não vai intervir em preço dos combustíveis

Foto: Alan Santos/PR

BRASÍLIA, DF – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, neste domingo (24), que não deve interferir na política de preços dos combustíveis como gasolina, etanol e diesel adotada pela Petrobras. Bolsonaro deu a declaração acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, em uma feira no parque de exposições da Granja do Torto.

Segundo o presidente, a estatal fica “amarrada” à atual política de preços, e que não vai haver qualquer interferência do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis, que já estão com valores exorbitantes. “Não vamos interferir no preço de nada, porque isso já foi feito no passado e não deu certo”, salientou.

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O presidente ainda admitiu que a única interferência que fez foi a troca do presidente da Petrobras, em maio deste ano. Na época, ele substituiu o então presidente Roberto Castello Branco pelo atual, general Joaquim Silva e Luna, ex-ministro da Defesa do governo Michel Temer.

“Da nossa parte, eu troquei o comando da Petrobras. No começo, foi um escândalo. É para interferir mesmo, eu sou o presidente. Ou eu assumo e tenho que manter todo mundo empregado?”, questionou.

Privatização e teto de gastos

Bolsonaro também admitiu que quer privatizar a Petrobras. O presidente afirmou que está conversando com Paulo Guedes “sobre o que fazer com ela no futuro”. “Não tenho poder de interferir sobre a Petrobras”, afirmou.

Ao lado do presidente, o ministro Paulo Guedes ainda disse que continua defendendo a bandeira liberal do controle de gastos públicos. Na ocasião, ele se referiu à possibilidade de “furar” o teto de gastos da União para financiar o Auxílio Brasil, programa assistencial criado por Bolsonaro para substituir o Bolsa Família. O ministro ainda disse que a decisão final cabe ao presidente.

“Todos sabem que eu defendo o teto. O teto é uma bandeira nossa de austeridade”, insistiu. “Eu sou defensor do teto, vou continuar defendendo o teto. Vou continuar defendendo as privatizações. Mas o presidente tem que tomar uma decisão muito difícil. Se ele respeitar o teto, deixa 17 milhões passando fome.”

(*) Com informações do UOL.

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