Manaus (AM) – A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e a ministra Annalena Baerbock, das Relações Externas da Alemanha, anunciaram nessa sexta-feira (8) o acordo de R$ 540 milhões para investimento em projetos ambientais na Amazônia.
Do total, R$ 134 milhões serão para restauração florestal e manejo sustentável na zona de transição da Amazônia e do Cerrado. O acordo foi fechado durante a Conferência do Clima da ONU (COP-28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
As ações ajudarão o Brasil a cumprir o compromisso assumido no Acordo de Paris de restaurar 12 milhões de hectares até 2030.
Neste ano, a estiagem na Amazônia foi a maior em 120 anos, e já é consequência da crise climática e de seus impactos para o meio ambiente e para as comunidades da região. A ministra alemã destacou a urgência de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa para limitar o aquecimento do planeta a 1,5 °C em comparação com níveis pré-industriais.
“As florestas são cruciais para nossas águas, clima e biodiversidade, além do sustento das pessoas”, diisse Baerbock. “Com a parceria firmada há quatro dias, juntamos forças para uma transformação ecológica e socialmente justa.”
O projeto do Brasil e da Alemanha será implementado pelo Programa Progreen, gerido pelo Banco Mundial. Outros parceiros poderão colaborar para a iniciativa. “Uma floresta amazônica saudável é do interesse de todos nós”, disse a ministra alemã.
Projetos beneficiados com os R$ 540 milhões
- 300 mil euros (R$ 1,6 milhão) para a estruturação de protocolo federal de monitoramento ambiental do mercúrio na Amazônia;
- 30 milhões de euros (R$ 160 milhões) para Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCDs). O recurso apoiará a estruturação dos planos para o Pantanal, a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pampa;
- 25 milhões de euros (R$ 134 milhões) para o Progreen, parceria global para paisagens sustentáveis e resilientes. O recurso contribuirá para o cumprimento da meta climática brasileira e financiará atividades de restauração florestal e de manejo sustentável na Amazônia e no Cerrado.
- 22 milhões de euros (R$ 118 milhões) para o ARPA Comunidades, em apoio a comunidades em Unidades de Conservação na Amazônia.
- 10 milhões de euros (R$ 54 milhões) para o PoMuC II, programa de políticas sobre mudança do clima. O recurso irá para ações de mitigação e adaptação, com ênfase na proteção da biodiversidade.
- 4,5 milhões de euros (R$ 24 milhões) destinados a parcerias para a inovação, em apoio aos PPCDs e à Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade.
- 4 milhões de euros (R$ 21 milhões) para o TerraMar III, iniciativa de proteção e gestão integrada da biodiversidade marinha e costeira.
- 4 milhões de euros (R$ 21 milhões) para o Action4Forests, em apoio à proteção florestal no Brasil.
- 2 milhões de euros (R$ 10,7 milhões) para o ProAdapta e a implementação da agenda nacional de adaptação à mudança do clima.
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