Manaus, 26 de abril de 2024
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Brasil

STF prorroga por 90 dias inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF

O inquérito contra Bolsonaro no STF é resultado das declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, quando deixou o governo

STF prorroga por 90 dias inquérito sobre interferência de Bolsonaro na PF

***ARQUIVO***BRASÍLIA: O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Superior Tribunal Federal). (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 90 dias o inquérito que investiga suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. O prazo anterior se encerraria em 27 de janeiro.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, a partir do encerramento do julgamento do agravo regimental iniciado pelo Plenário em 08/10/2020, bem como a proximidade do recesso, (…) prorrogo por mais 90 dias, contados a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de janeiro), o presente inquérito”, diz o despacho assinado pelo ministro.

O inquérito contra Bolsonaro no STF é resultado das declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, quando deixou o governo. À ocasião, o ex-juiz da Operação Lava Jato afirmou que o presidente teria tentado interferir no comando da PF e que isso foi um dos principais motivos para o seu pedido de demissão.

Na semana passada, Moraes já havia negado um pedido de Bolsonaro para não depor no inquérito. Em decisão tornada pública no dia 7, o ministro decidiu que caberá ao plenário do STF -isto é, ao colegiado de 11 ministros- definir como será o depoimento do presidente, se presencial ou por escrito.

No fim de novembro, Bolsonaro abriu mão da possibilidade de depor pessoalmente. A recusa foi anunciada pela AGU (Advocacia-Geral da União) ao STF, sob o argumento de que o prazo dado para as investigações estava chegando ao fim e que “roga pronto encaminhamento dos autos à Polícia Federal para elaboração do relatório final a ser submetido (…) ao Ministério Público Federal”.

 

*Com informações Folhapress