Manaus, 26 de abril de 2024
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Esportes

Brasileiros conquistam ouro na vela; atletismo e boxe levam bronze

A noite de segunda-feira (2) e a madrugada de terça-feira (3) garantiu mais três medalhas olímpicas para o Brasil

Brasileiros conquistam ouro na vela; atletismo e boxe levam bronze

Foto: Reprodução

ENOSHIMA, JAPÃO – Cinco anos depois da Baía de Guanabara, agora foi a vez de a ilha de Enoshima, no Japão, ser o palco da medalha de ouro das velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze. A dupla brasileira conquistou o bi olímpico em Tóquio-2020, nesta terça-feira (3), na regata final da categoria 49er FX, após a prova ter sido adiada em um dia por questões meteorológicas.

As velejadoras terminaram a regata decisiva em terceiro, o suficiente para o título depois de 12 regatas na semana. Alemãs (prata) e holandesas (bronze) completaram o pódio.

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No Rio, as brasileiras saíram carregadas no barco pela torcida. Agora, sem espectadores devido à pandemia da Covid-19, elas deixaram a água de Enoshima, uma pequena ilha cercada por mistérios, lendas e fé, sob gritos e aplausos da equipe brasileira da vela, incluindo Torben Grael, pai de Martine, cinco vezes medalhista olímpico na vela e chefe do time nos Jogos.

“Aqui (Enoshima), proporcionalmente, foi muito bom, todos os nossos amigos estavam ali”, disse Martine logo após conquistar o segundo ouro. “Ter ali as pessoas que a gente admira tanto, que estão nessa batalha por ser atleta olímpico na vela… É muito difícil trilhar esse rumo”, ressaltou.

O lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas, em duas edições consecutivas, confirma o favoritismo pré-Jogos e reafirma o que hoje fica ainda mais evidente em águas japonesas: as brasileiras, parceiras desde 2013, tornaram-se um fenômeno da vela nos últimos anos.

A vitória em Enoshima é a 19ª medalha olímpica do Brasil nesse esporte, um dos mais vitoriosos do país no evento esportivo.

Alisson conquista o bronze nos 400 m com barreiras

Com desempenho ruim nas Olimpíadas de Tóquio-2020, o atletismo brasileiro tinha sua maior esperança de pódio com Alison dos Santos. Na final dos 400 m com barreiras, ele era apontado como um dos principais corredores do planeta e não decepcionou. O brasileiro ficou com o bronze na prova disputada nesta terça-feira (3).

Foi a primeira medalha brasileira individual em provas de velocidade no atletismo olímpico desde o bronze de Robson Caetano nos 200 m em Seul-1988. Depois disso, o país subiu ao pódio apenas com revezamentos, saltos ou corridas de longa distância.

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Alison já havia dado sinais de que tinha chances de chegar ao pódio. Primeiro brasileiro a correr a prova abaixo dos 48 segundos, ele quebrou o recorde sul-americano cinco vezes nesta temporada, antes da final olímpica. A última delas foi na semifinal em Tóquio, com 47s31.

Antes mesmo de chegar ao Japão, o corredor era apontado como um dos principais nomes da prova, atrás apenas dos americanos Raj Benjamin e do norueguês Karsten Warholm, recordista mundial, com 46s70.
“Eles são favoritos, mas são oito corredores na final”, disse Alison, deixando implícito acreditar que qualquer resultado era possível.

Boxe brasileiro é bronze

O pugilista Abner Teixeira, 26, conquistou a medalha de bronze no boxe nos Jogos de Tóquio na manhã desta terça-feira (3). O brasileiro perdeu a semifinal para o cubano Julio La Cruz, 31, na categoria peso pesado (entre 81 quilos e 91 quilos).

Abner pisou no ringue com o bronze garantido -no boxe não há disputa pelo terceiro lugar. Os dois semifinalistas derrotados ficam com o bronze.

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O brasileiro, porém, sonhava ir à decisão da medalha de ouro. A missão de Abner era bem complicada diante do experiente cubano Cruz, campeão olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro-2016.

No primeiro round, os dois pugilistas acertaram bons golpes, mas La Cruz foi quem se sobressaiu no fim. No segundo e, principalmente, no terceiro round, o cubano teve volume maior de golpes.

(*) Com informações da Folhapress

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