Fredson Castro de Oliveira, 33, vulgo “Cabral”, foi preso na manhã dessa quarta-feira, 20, por volta das 6h, dentro da invasão Coliseu, no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus.
Ele estava sendo investigado por chefiar uma milícia para praticar crimes de grilagem, tráfico de drogas, homicídios e extorsão.
A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre as equipes do 30º Distrito Integrado de Polícia (30º DIP), Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera) e Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM).
Fredson foi preso na casa dele sem reagir a ação policial. Com o investigado, a polícia encontrou áudio e cadernos com anotações de vendas ilegais de terrenos.
Mundo de crimes
Fredson transformou a invasão Coliseu em um “mundo de crimes”, tais como: vendas de terras de forma ilegal, tráfico de drogas, extorsão e homicídios.
Ele ainda explorava as pessoas do local. Fredson assumiu o comando na invasão após a prisão de Fernando Félix da Silva, diz a polícia.
O ex-líder, conhecido como “Imperador”, foi preso durante a operação “Nero”, deflagrada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) no dia 9 de maio do ano passado.
“Fredson criou uma milícia dentro da invasão para vender terrenos ilegais, explorar os moradores com cobranças de taxas de aluguel e água, além de traficar e executar rivais na disputa pelo tráfico de drogas”, explicou o delegado Torquato Mozer, coordenador da operação.
A inteligência apontou, ainda, que Fredson antes de integrar o Comando Vermelho (CV) era membro da facção criminosa Família do Norte (FDN), na qual atuava como soldado de Fernando Félix.
Cabral traiu tal parceria e passou a brigar pelo poder na invasão com Fernando Félix.
Fredson também é apontado pela polícia como responsável pelos três assassinatos corridos na invasão em 2019.
Entre os crimes está a morte de Júlio César Gomes Júnior, 15.
O adolescente foi encontrado jogado dentro de um igarapé da invasão, com o pescoço cortado e com várias perfurações.
A autoridade policial ressaltou que outras pessoas ligadas à milícia instalada dentro da invasão Coliseu também estão sendo investigadas.
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