Foto: Agência Senado
MANAUS, AM – No início da audiência da CPI da Pandemia desta terça-feira (25), o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), foi acusado de comparar o holocausto judeu, ocorrido na Segunda Guerra Mundial, com as mortes por covid-19 no Brasil. A acusação foi do senador Fernando Bezerra (MDB-PE) durante a sessão. Na ocasião, Calheiros leu um relatório sobre o holocausto e apontou julgamentos de apoiadores de Adolf Hitler.
O relator foi interrompido aos gritos do senador Fernando Bezerra, que afirmou que a leitura do relatório era um absurdo. “É um absurdo querer comparar a situação que nós estamos vivendo com o genocídio que ocorreu na Alemanha”, disse.
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Em defesa, Calheiros disse que não estava comparando as mortes, estava apenas realizando a leitura do relatório. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) também mostrou revolta com a suposta comparação. “Respeite a dor dos judeus!”, disse, cortando a fala de Renan Calheiros.
“Isso é mais do que um pré-julgamento, isso é uma coisa odienta. É o que estamos assistindo aqui nesta manhã. Isso não existe!”, falou aos gritos o senador Fernando Bezerra.
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O presidente da CPI Omar Aziz (PSD-AM) interferiu na discussão e afirmou que apenas pediu ao relator para ler as perguntas, e não para ler relatório. “Eu não vou ser censurado!”, disse Calheiros.
Renan Calheiros se defendeu e continuou a leitura do relatório, ao final, ele afirmou que não se pode comparar o holocausto com uma pandemia no Brasil. Ele ainda ressaltou que ainda não se pode dizer que ocorreu genocídio no Brasil, porém, destacou que há uma semelhança. “Há uma semelhança perturbadora no comportamento de algumas altas autoridades que testemunharam aqui na CPI”, disse Calheiros.
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