Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Política

‘Capitã Cloroquina’ abre nova rodada de oitivas na CPI da Covid

Secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, a "Capitã Cloroquina", depõe nesta terça à CPI

‘Capitã Cloroquina’ abre nova rodada de oitivas na CPI da Covid

Mayra PInheiro enfrentará um contingente presidido pelo senador Omar Aziz (PSD-AM). Fotos: Anderson Riedel/PR e Edilson Rodrigues/Agência Senado

MANAUS, AM – A CPI da Pandemia no Senado Federal abre suas atividades nesta terça-feira (25) com um novo depoimento. Desta vez, a interrogada será a secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”.

A presença de Mayra Pinheiro na CPI foi exigida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Humberto Costa (PT-PI), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Rogério Carvalho (PT-PE) e Renan Calheiros (MDB-AL). Antes dela, o ex-ministro Eduardo Pazuello depôs na quarta-feira (19) e na quinta-feira (20).

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Mayra Pinheiro é apontada como uma das principais responsáveis por difundir o tratamento precoce da covid-19 com a cloroquina e a hidroxicloroquina. Além disso, ela também é apontada como idealizadora do aplicativo TrateCov, cujas perguntas sobre sintomas tinham “cloroquina” como única resposta.

Em janeiro de 2021, ela esteve em Manaus, acompanhando o ex-ministro Eduardo Pazuello. Na capital amazonense, a Capitã Cloroquina continuou a difundir o uso de hidroxicloroquina associada à ivermectina como tratamento para a covid-19. Poucos dias depois, a cidade viveu a maior crise de oxigênio de sua história.

Habeas corpus

Na última terça-feira (18), Mayra Pinheiro entrou com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). No pedido, Pinheiro pedia para se manter calada durante a oitiva no Senado. O pedido, entretanto, foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski.

A atitude de Mayra Pinheiro com o habeas corpus foi duramente criticada por políticos. O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) chamou a médica de “tosca” e disse que não dava para levá-la a sério.

“A ‘capitã cloroquinha’ vive de pregar o uso do medicamento para o combate ao COVID. Aí quando tem chance de ir a CPI pra defender suas posições entra com habeas corpus pra ficar calada! Não dá pra levar a sério essa gente tosca”, afirmou, em seu perfil no Twitter.

Na quarta-feira (26), a CPI deve votar outros requerimentos de convocação para oitivas. Um dos que deve ser apreciados é a reconvocação do ex-ministro Eduardo Pazuello para depor na Comissão.