Manaus, 5 de maio de 2024
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Cenário

Cassado, Sandro Maia ataca Gilmar Nascimento: ‘cinco mandatos e nunca fez nada’

Em declaração exclusiva ao Portal Amazonas1, nesta quarta-feira, Maia diz que se sente injustiçado, perseguido e aponta que o vereador Gilmar Nascimento, suplente que assumiu sua vaga, ‘nunca fez nada’ pela população

Cassado, Sandro Maia ataca Gilmar Nascimento: ‘cinco mandatos e nunca fez nada’

Foto: reprodução

Manaus/AM – O ex-vereador cassado, Sandro Maia (DEM), reagiu à decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que rejeitou seu recurso para o processo que cassou o seu mandato na Câmara Municipal de Manaus (CMM). Em declaração exclusiva ao Portal Amazonas1, nesta quarta-feira (23), Maia diz que se sente injustiçado, perseguido e apontou que o vereador Gilmar Nascimento (DEM), suplente que assumiu sua vaga, ”nunca fez nada” pela população.

Sandro Maia foi cassado no final do ano passado, por abuso de poder econômico. A vaga ficou para Gilmar Nascimento, autor da ação contra o ex-vereador. Maia recorreu, mas o recurso foi negado, e, agora, ele afirmou que vai recorrer novamente, em terceira instância.

“Já recorri. Agora é Brasília, né, acreditar que a Justiça reconheça. Eu fui eleito pela vontade do povo. Infelizmente, a política é para quem tem amizade, o povo vem em segundo lugar; a vontade do povo não prevalece”, disse.

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O ex-vereador criticou a decisão e alfinetou Gilmar Nascimento que, segundo ele, nunca fez nada pela população, nem pela comunidade onde mora. Ele também acusou o vereador de usar a Secretaria Municipal de Educação (Semed) para conseguir votos; Nascimento já havia negado a acusação.

“Me sinto [sic] injustiçado, me sinto perseguido por alguém que passou cinco mandatos e nunca fez nada nem pela comunidade onde ele mora, pelo contrário, usava a Semed. Tinha a irmã, chefa de distrito educacional, fazia reunião dentro das escolas, isso aí todo mundo sabe. Isso sim é usar uma estrutura que não era dele”, afirmou ao Portal AM1.

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Sandro Maia também questionou a celeridade do seu processo de cassação. Segundo ele, enquanto alguns processos estão engavetados e não saem do lugar, ele foi julgado duas vezes em apenas um ano.

“Talvez se eu fosse filho de deputado, filho de juiz, nunca ninguém ia me cassar. Tem deputado aí que está há 12 anos com processo para ser julgado e não é condenado, tem político que está com liminar há mais de dois mandatos e não é condenado. Eu nunca vi um processo correr tanto como o meu, em menos de um ano, eu fui julgado duas vezes e condenado – mesmo não tendo uma prova de nada, isso que não consigo entender”, disse.

“Não admito que um cara desse, que nunca fez nada pela população, que a população deu um basta, se não fez em 20 anos, vai fazer agora, da forma como entrou?”, continuou.

Abuso de poder econômico

O ex-parlamentar foi cassado por ter utilizado serviços de um instituto, do qual é dono, para conseguir votos em 2020. Sobre isso, Maia afirmou que a empresa é de sua família e já existe há mais de 10 anos. Além disso, ele disse que outros políticos também possuem empresa, mas que ele é perseguido por ser pobre e sem parentes influentes na política.

“Eu nunca vi dizer que abuso de poder é um candidato sem dinheiro, sem comprar voto, sem fazer na disso. Talvez eu fui cassado porque eu não tenho dinheiro, porque eu faço o bem, porque ajudo as pessoas, só isso. A política tem que ser mudada. Tem deputado que tem ONG de cachorro, tem deputado que tem ONG pró-saúde, tem pastor de igreja eleito. E o Sandro, que é pobre, que não tem parente rico, que não tem ninguém no Judiciário, é cassado; porque eu faço o bem, porque tenho um projeto da minha família há mais de 10 anos, realizando tudo de graça, sem nenhum dinheiro do poder público, nunca recebi um real da prefeitura, do governo estadual, federal”, disse.

‘Tranquilo

O vereador Gilmar Nascimento, por outro lado, disse ao Portal Amazonas1 que está tranquilo e aponta que é um direito de Sandro Maia recorrer da decisão, assim como foi um direito dele de acionar a Justiça Estadual para cassá-lo.

“É um processo natural, é um direito, é justamente o direito que todas as partes do processo têm de recorrer da primeira instância pra [sic] segunda instância, para os Tribunais Superiores. Isso é um processo de filtrar a Justiça. Então, nada anormal, isso é esperado. Assim como eu ingressei com uma ação e acreditei na Justiça que fosse dentro do prazo legal examinar a matéria, cabe recurso para as partes que se sentem insatisfeitas com a decisão. Fico muito tranquilo com relação a isso, é só aguardar e continuar o trabalho”, disse.

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