(Foto:CMM/Tiago Côrrea)
A 2° Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara Municipal de Manaus (CMM) deu parecer favorável à tramitação do Projeto de Lei (PL) 226/2017, de autoria do vereador Professor Gedeão Amorim (PMDB), que regulamenta ações de combate e prevenção aos jogos, brincadeiras ou eventos que induzam os jovens as mutilações corporais ou até o suicídio, nas escolas da rede municipal.
O projeto segue, agora, para análise e formulação de parecer a ser avaliado em plenário, se aprovado, segue para a avaliação de outras comissões. “Acredito que esta proposta vai dá um alívio para os professores e pais de alunos que percebem acontecer grande incidência de casos de jovens envolvidos em jogos de mutilação dentro das escolas, queremos evitar que isso aconteça”, destaca o autor do PL.
Pela proposta de Gedeão, o projeto de lei pretende definir um calendário de campanhas periódicas nas escolas para sensibilizar os professores, gestores, pais, familiares e responsáveis a identificarem comportamentos estranhos e, sobretudo, conversarem e conscientizarem os adolescentes a respeito das consequências de práticas perigosas. “Precisamos que os alunos tenham um diálogo aberto com seus professores, para que assim, eles possam os ajudar em eventuais inibições de outros colegas”, argumentou Gedeão.
Além disso, o projeto também prevê a assistência psicológica e social às vítimas e agressores. “Vamos promover ações públicas e políticas de cidadania, de capacidade empática e respeito a terceiros, nos marcos de uma cultura de paz, tolerância mútua e controle social coletivo” anunciou Gedeão.
Casos anteriores
Neste ano, o jogo Blue Whale (baleia azul), conhecido como um game suicida ganhou destaque nos noticiários e entre os jovens do mundo. No Brasil, uma menina de 16 anos morreu no Mato Grosso após se afogar em uma lagoa na região central de Vila Rica (a 1,2 mil quilômetros de Cuiabá). A principal suspeita da polícia é a de que a jovem, que apresentava cortes nos braços, participava do jogo da baleia azul.
Já no município de Pará de Minas (MG), foi encontrado no celular do rapaz um grupo de whatsapp chamado “Blue Whale” com pessoas de diversas regiões do país e onde ele enviou uma mensagem de despedida pouco antes de se matar. Aqui no Amazonas, uma mãe recorreu ao conselho tutelar quando observou mutilações nos braços de sua filha de 15 anos.
O jogo baleia azul não é o único que preocupa o autor do PL “Existem outros jogos perigosos que, também, são praticados entre os adolescentes e crianças. Jogos de asfixia e de invocação de espíritos. Aqui em Manaus tivemos nas escolas, em 2015, uma onda desses jogos que foram parar, inclusive na imprensa. Por isso a nossa proposta abrange uma campanha ampla relacionada”, concluiu o Professor Gedeão.
(*) Com informações da Assessoria de Comunicação
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