Informações preliminares da Polícia Militar (PM) dão conta de que até às 17h, desta segunda-feira, 27, o número de presos mortos subiu para 42, em quatro presídios do Amazonas. Desesperados, familiares dos detentos estão em frente às unidades prisionais em busca de informações.
Mulher busca informação de um familiar preso. Seap não explica motivo do massacre (Josemar Oliveira/Am1)
O motivo do massacre ainda é desconhecido pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), mas parentes de presos confirmam que houve um racha de líderes da facção Família do Norte (FDN) e membros do grupo dissidente estão sendo assassinados.
Segundo a PM, nesta segunda-feira, foram mortos 27 detentos, só no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat); seis, na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP); cinco, no Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM1); e quatro, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
Ontem, domingo, 26, outras 15 mortes foram registradas, no Compaj. Com base nos novos números, a quantidade de presos assassinados, no sistema prisional do Amazonas, soma, 57, em menos de 48 horas.
Em frente aos presídios, parentes dos detentos pressionam policiais pela relação de mortos (Josemar Oliveira/Am1)
Contagem oficial
O Grupo de Intervenção Prisional (GIP) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar entraram nas unidades para intervenção. Todos os presos estão trancados nas celas e passam por revista, além da recontagem. Ainda segundo a Seap, a quantidade oficial de mortos será informada após o término da revista nos presídios. Medidas disciplinares devem ser adotadas nas unidades. Um novo inquérito será aberto para investigar os homicídios.
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