Manaus (AM) – O inquérito policial que investigava o esquema criminoso de rifas ilegais, praticado por influenciadores de Manaus, foi concluído. E, em entrevista exclusiva ao Portal AM1, o delegado titular do 1° Distrito Integrado de Policia (DIP), Cícero Túlio, que comandou as investigações, explica que oito pessoas foram indiciadas, sendo elas quatro influenciadores digitais.
As investigações começaram no início do ano, quando foi apurada a existência de uma organização criminosa responsável por gerir um esquema de rifas clandestinas. Alguns dos investigados já vinham sendo observados pela polícia por estarem sempre envolvidos em situações suspeitas, o que era o caso do influenciador Lucas Picolé.
“O Lucas Picolé sempre foi um alvo a ser seguido pela polícia, em face de diversas polêmicas envolvendo o seu nome. Sempre com agentes de segurança pública, inclusive, com supostas ligações com o crime organizado vinculado ao tráfico de drogas, isso tudo sempre levantou suspeitas por parte da polícia em relação à a atuação criminosa do Lucas Picolé”, afirmou o delegado.
Sobre a prisão de Lucas Picolé, o delegado explica que, na ocasião, a polícia foi apenas cumprir mandado de busca e apreensão referente aos veículos que o influencer rifava, porém, na operação, foram encontradas 175 unidades de entorpecentes sintéticos, conhecidos popularmente como LSD. Além disso, a polícia também encontrou munições de fuzis dentro de um dos carros do influenciador.
A partir das investigações, oito pessoas foram indiciadas, sendo elas quatro influenciadores digitais que são: Aynara Ramilly, Enzo Felipe da Silva Oliveira, conhecido como “Mano Queixo”; Isabelly Aurora Simplício Souza, João Lucas da Silva Alves, conhecido como “Lucas Picolé”.
Além dos influenciadores, também foram indiciados Isabel Cristina Simplício (mãe de Isabelly Aurora), Paulo Victor, Marcos Vinícios e Flávia Ketlem, por crimes distintos.
Dos oito indiciados, cinco seguem presos: Lucas Picolé, Enzo Felipe e Paulo Victor, que estão custodiados no Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM1), e Flavia Ketlem e Isabelly Aurora, que seguem em prisão domiciliar por conta de terem filhos pequenos que precisam do auxílio das mães.
De acordo com o delegado, a partir da divulgação do inquérito policial, diversas vítimas procuraram o 1°DIP para relatar fatos estranhos no momento das entregas dos bens sorteados.
“Eram veículos sorteados sem autorização dos proprietários ou eram veículos que eram sorteados e não havia a transferência para o ganhador ou encontravam-se com restrições administrativas. Isso tudo foi apurado no curso da investigação e fez parte do inquérito e agora está à disposição do Ministério Público a fim de embasar a denúncia.” diz delegado
Ainda segundo o delegado, existe a possibilidade de algumas vítimas do esquema fraudulento serem ressarcidas.
“As pessoas que se sentiram lesadas podem buscar o Judiciário para pedir ressarcimento e, dentro do curso criminal, o juiz pode avaliar a necessidade de destinar parte dos recursos que se encontram bloqueados em contas correntes dessa quadrilha a fim de promover o ressarcimento das vítimas”, diz a autoridade policial.
Assista à entrevista:
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