Manaus, 12 de fevereiro de 2025
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Cenário

CMM retira do site os gastos de vereadores e justifica estar implantando mudanças

A ausência dos dados impossibilita a análise detalhada e o acompanhamento da transparência nos gastos parlamentares.

CMM retira do site os gastos de vereadores e justifica estar implantando mudanças

(David Reis - Foto: Robervaldo Rocha/CMM)

Manaus (AM) – A Câmara Municipal de Manaus (CMM) retirou do ar, nesta terça-feira (14), os dados referentes aos gastos dos vereadores do exercício de 2024, que deveriam estar disponíveis na aba “CEAP” (Cota para o Exercício da atividade Parlamentar).

O Portal AM1 constatou a indisponibilidade dessas informações ao tentar acessar os gastos do presidente da Casa Legislativa, vereador David Reis (Avante), um dos parlamentares que mais utilizou o “Cotão” em 2024. A ausência dos dados impossibilita a análise detalhada e o acompanhamento da transparência nos gastos parlamentares.

 

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(Foto: Reprodução/CMM)

Justificativa

Procurada pela reportagem, a diretoria de comunicação da Câmara informou que a indisponibilidade de dados se trata da “implantação de um novo modelo de consultas ao CEAP, que está sendo realizada pela Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação”.

Ainda conforme a nota emitida à imprensa, a expectativa é de que a mudança seja concluída antes do início dos trabalhos legislativos deste ano, garantindo o acesso aos dados.

Gastaram mais de R$ 1 milhão

Durante o mês de janeiro de 2024, período de recesso parlamentar, os 41 vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) utilizaram R$ 1.060.061,56 do “Cotão”, como é conhecido popularmente o recurso.

Cada vereador tem direito a R$ 33 mil mensais, destinados a despesas relacionadas ao mandato, como combustíveis, publicidade, assinatura de telefonia móvel, contratação de consultorias, entre outros serviços.

Naquele período, os vereadores que mais gastaram foram: David Reis (Avante); Rosivaldo Cordovil (PSDB); Kennedy Marques (MDB); Lissandro Breval (PP) e Roberto Sabino (Republicanos). Juntos, os três primeiros somaram quase R$ 100 mil em despesas, totalizando exatamente R$ 99.190,21.

A alta utilização do recurso durante o recesso parlamentar levanta questionamentos sobre a real necessidade dessas despesas em um período com atividades legislativas reduzidas.

 

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