Manaus, 10 de maio de 2024
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Cenário

Condenado por fake news, Alberto Neto associa Lula à ‘milícia digital’

A nova investida de Alberto Neto faz parte do mais novo ataque da bancada bolsonarista na Câmara dos Deputados contra Lula.

Condenado por fake news, Alberto Neto associa Lula à ‘milícia digital’

(Foto: Instagram/Alberto Neto)

Manaus (AM) – Condenado em julho de 2022 por divulgar fake news nas redes sociais, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) compartilhou um post nas redes sociais, atribuindo ao presidente Lula (PT) e a primeira-dama, Janja Lula da Silva, o comando de milícia digital.

Sem explicar o contexto da publicação, o deputado apenas postou uma imagem com a legenda “esse powerpoint tá diferente”, também fazendo menção ao PowerPoint da Lava Jato, que causou a prisão do petista em 2018. Em 2021, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a incompetência da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba (PR), anulando as ações penais contra Lula.

 

A nova investida de Alberto Neto faz parte do mais novo ataque da bancada bolsonarista na Câmara dos Deputados contra Lula.

Influência nas redes sociais

Na quarta-feira (3), o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou um requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a atuação da Mynd — agência responsável por perfis de entretenimento e ativismo político.

Uma das empresas acusadas de fazer parte de “milícia digital” é a Mynd — responsável por administrar 34 perfis de fofoca como a “Fuxiquei e “Gina”. Já os “Youtubers pela democracia” é composto por 10 canais de influenciadores que teriam trabalhado na campanha de Lula.

Fake News

Em julho do ano passado, Alberto Neto foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por divulgar uma notícia falsa após a chacina na favela do Jacarezinho, que ocorreu em maio de 2021.

O deputado bolsonarista compartilhou um vídeo de Adriana Santana de Araújo Rodrigues, mãe de um dos mortos na chacina, segurando um fuzil. A mensagem falsa – que estava vinculada ao vídeo – ironizava o fato de a mãe de uma das vítimas pedir justiça em rede nacional.

Na época, a polícia alegou que a mulher que aparecia no vídeo não era Adriana Santana de Araújo Rodrigues, como estavam afirmando os bolsonaristas.

Alberto Neto também foi um dos parlamentares do Amazonas que votou contra o pedido de urgência para o projeto das fake news na Câmara dos Deputados.

A proposta estabelece as regras para regulação das plataformas digitais, que podem gerar punições e forçar a retirada de conteúdos ilegais, como de pedofilia, violência contra escolas, infância, terrorismo, e atentado contra a democracia.

Questionado pelo Portal AM1, se o deputado tem provas que o presidente usa milícias digitais, Alberto Neto não respondeu. O deputado também não comentou o fato de nunca ter criticado o aliado e ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros.

Durante a pandemia, Bolsonaro também incentivou carreatas, incentivou a população a se infectar para causar a chamada “imunidade de rebanho” e divulgou fake news sobre a vacina contra a Covid-19.

 

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