Manaus, 30 de abril de 2024
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Cenário

Alberto Neto é o único a votar contra a reforma pela segunda vez

Não demorou muito para Alberto Neto ser criticado pelo colega de partido, Coronel Menezes, que o chamou de "inimigo do Amazonas".

Alberto Neto é o único a votar contra a reforma pela segunda vez

(Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

Brasília (DF) – Pela segunda vez, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL) votou contra a reforma tributária, aprovada nessa sexta-feira (15), na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Ao contrário do empenho dos deputados federais do Amazonas, que votaram pela aprovação da reforma tributária, que resguarda o polo industrial da Zona Franca de Manaus, preservada no novo modelo tributário nacional, Alberto Neto seguiu convicto com o direcionamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro instruiu seus aliados a votarem contra a reforma da primeira vez e Alberto Neto assim o fez. Na época, ele foi chamado de “moleque, duas caras e Judas”, pelo colega de sigla e pré-candidato a prefeito de Manaus, Coronel Menezes.

Desta vez, Coronel Menezes não esperou muito para criticar o desafeto político. Pelas redes sociais, Coronel Menezes escreveu na legenda de um story: “Quem é o inimigo do Amazonas? Não sou eu que estou dizendo!”. E completou: “Esse faz jogo duplo, vem da velha política apoiando Lula e se diz de direita, votando contra o único modelo econômico dos amazonenses”.

Justificativas

Na discussão sobre a votação da reforma, Alberto Neto chegou a parabenizar o relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro (PP), e também o senador Eduardo Braga (MDB), relator do Senado, por preservar a Zona franca de Manaus no texto. Porém, o deputado bolsonarista falou que o setor de serviços, “que é o setor que mais emprega”, estaria sendo atacado com a aprovação da reforma, e o setor do agro teria aumento de carga tributária, e por isso, não fazia sentido atacar esses serviços para salvar a indústria.

O parlamentar também orientou o Partido Liberal a votar contra a reforma, pois, segundo ele, quem votasse “não” estaria sendo a favor do armamento, uma vez que o governo Lula é a favor do desarmamento. Capitão destacou que o armamento é importante para a proteção dos policiais, da segurança pública, além de fornecer a defesa pessoal.

“Eu quero deixar claro para todos os parlamentares que esse destaque não interfere na estrutura da reforma tributária. É algo até ideológico, quem votar não, vota a favor do armamento. Quem votar sim, fica claro que fica contra o armamento em nosso país. Lembrando que nós temos oito indústrias, nós temos trabalhadores. A indústria de armas, além de fornecer instrumento pra defesa pessoal, instrumento para a polícia, gerando emprego no nosso país, para os nossos policiais, fica claro que foi uma questão de ideológica desse governo”, justificou.

 

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