Manaus, 30 de abril de 2024
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Manaus, 30 de abril de 2024

Cenário

Conheça o histórico de filiações partidárias dos pré-candidatos à Prefeitura de Manaus

As informações foram consultadas pelo Portal AM1, no sistema no ‘DivulgaCand’, do Tribunal Superior Eleitoral do Amazonas, e também, na internet.

Manaus (AM) – Os pré-candidatos à Prefeitura de Manaus já se filiaram a mais de um partido durante suas trajetórias na política. Nem os mais ‘novatos’ no cenário da política se mantiveram fiéis à sigla em que iniciaram as suas carreiras.

As informações foram consultadas pelo Portal AM1 no sistema de Divulgação de Candidaturas e Contas, o ‘DivulgaCand’, do Tribunal Superior Eleitoral do Amazonas (TSE – AM) e também na internet, onde constam dados sobre as eleições realizadas no estado e capital amazonense.

De acordo com o levantamento, dois deles já trocaram cinco vezes de siglas partidárias, um trocou seis vezes, outro já se filiou a quatro partidos diferentes, dois deles estão em seu terceiro ‘ninho partidário’, três no segundo partido e apenas três pertencem à mesma legenda na qual iniciaram a vida na política.

A troca de sigla não é proibida, desde que feita dentro do período da chamada ‘janela partidária’, que é quando os políticos podem ir para outro partido sem perder o mandato. No entanto, muitas dessas mudanças podem configurar como falta de ‘respeito’ ao partido no qual o determinado parlamentar foi eleito e até mesmo o eleitor, que muitas vezes, não vota somente no candidato, mas leva em consideração a legenda partidária a qual ele pertence, bem como a ideologia e o que aquele partido defende.

Com a minirreforma eleitoral de 2015, algumas regras da Lei dos Partidos Políticos (9.096/1995) mudaram em casos específicos para permitir que o político mude de sigla sem perder o mandato. No caso, essas permissões estão relacionadas, por exemplo, à grave discriminação política pessoal ou quando o programa partidário sofre desvio reiterado’.

Quem são

Alguns nomes já estão confirmados na corrida pelo comando do Executivo Municipal e outros ainda dão sinais ao eleitor que estão em busca de uma oportunidade para viabilizar seus nomes para a disputa em outubro deste ano.

Apesar de não declarar com todas as palavras que é pré-candidato à reeleição, o prefeito David Almeida (Avante), deve disputar o pleito, haja vista que ele já começou a desincompatibilizar seus servidores para trabalhar em sua campanha política. Outros nomes já confirmados e apresentados pelos seus respectivos partidos são: Amom Mandel (Cidadania); Roberto Cidade (União Brasil); Capitão Alberto Neto (PL) e Wilker Barreto (Mobiliza).

Marcelo Ramos (PT) foi convidado pelo Partido dos Trabalhadores a ser o pré-candidato da sigla em Manaus, mas ele deve brigar pela vaga porque Anne Moura (PT) e Eron Bezerra, do PCdoB, não abrem mão de representar a federação PT, PV e PCdoB nas urnas. Se a executiva municipal não resolver, a escolha deve ser feita pela executiva estadual ou nacional.

Maria do Carmo Seffair (Novo) confirmou seu nome para disputar a cadeira majoritária, mas até o momento não houve um lançamento oficial e nem coletiva de imprensa.

Ricardo Nicolau (Solidariedade), Eron Bezerra (PCdoB), Anne Moura (PT); Natália Demes e Marcelo Amil, ambos do PSOL são outros nomes que não estão confirmados, mas ainda podem ‘brigar’ pelo apoio de suas siglas na corrida eleitoral.

David Almeida

O prefeito David Almeida foi filiado ao Partido Social Liberal (PSL) no período de 1995 a 2006. O PSL é, atualmente, o União Brasil, após fusão com o Democratas em 2022.

Nos anos de 2006 e 2007, David Almeida pertenceu ao antigo Partido Agrário Nacional (PAN), que depois fez fusão com o PSS e PRP. Em seguida, Almeida se filiou ao Partido da Mobilização Nacional (PMN), no qual permaneceu até 2011.

Entre 2011 e 2018, ele fez parte das fileiras do Partido Social Democrático (PSD), logo depois, trocou o PSD pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), sigla na qual permaneceu somente por um ano.

No ano de 2019, o atual prefeito se filiou ao Avante, partido no qual ele é presidente estadual e por onde disputará a reeleição neste ano.

Marcelo Ramos

O ex-deputado federal Marcelo Ramos, que se juntou ao Partido dos Trabalhadores (PT), recentemente, para ser o nome da esquerda na disputa municipal de outubro, foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) entre 2000 a 2009.

Ainda em 2009, Ramos migrou para o PSB, onde ficou até 2015; em seguida, no período de 2015 a 2021, ele se filiou ao Partido da República (PR), que depois se tornou o Partido Liberal (PL).

No ano de 2022, o político se juntou às fileiras do PSD, ficando até este ano, quando trocou a sigla pelo PT.

Roberto Cidade

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Roberto Cidade (União Brasil), está em seu terceiro partido desde 2018, quando conseguiu se eleger para ocupar umas das 24 cadeiras no Parlamento estadual.

Cidade iniciou carreira política no Partido Trabalhista Nacional (PTN), que depois se tornou o Podemos. Ele esteve no PTN de 2015 a 2018.

Em seguida, assinou a ficha de filiação do Partido Verde (PV), permanecendo até o ano de 2022, quando migrou para o União Brasil, seu atual partido.

Amom Mandel

O deputado federal Amom Mandel iniciou a vida política no Podemos, quando foi eleito o vereador mais jovem da história de Manaus, nas eleições de 2020.

O político trocou o Podemos pelo Cidadania em março de 2022, quando se preparava para concorrer a uma das oito vagas na Câmara federal.

Capitão Alberto Neto

O deputado federal Capitão Alberto Neto, que exerce atualmente o segundo mandato, iniciou a vida política filiado ao Republicanos, pelo período de 2018 a 2022. Ainda em 2022, ele se filiou ao PL, partido que o escolheu para concorrer as eleições deste ano.

Wilker Barreto

Como os demais, Wilker Barreto também já trocou de partido, mas ao contrário dos anteriores, ele permaneceu mais tempo no mesmo partido que o elegeu pela primeira vez à Câmara Municipal de Manaus (CMM). Barreto iniciou careira política no Partido Humanista da Solidariedade (PHS) e permaneceu na legenda até 2022, quando mudou para o Cidadania. Nos anos de 2008 a 2018 a legenda era o PHS, depois o partido se fundiu com o Podemos.

Wilker trocou o Cidadania, recentemente, após a sigla lançar Amom Mandel como pré-candidato ao cargo majoritário municipal. Atualmente, o político está no Mobiliza33, partido pelo qual concorrerá ao cargo de prefeito em outubro.

Maria do Carmo Seffair

Seffair foi suplente do ex-candidato ao Senado Federal e ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, nas eleições de 2022 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), mas agora é pré-candidata à Prefeitura de Manaus pelo partido NOVO, no qual exerce presidência estadual.

Ricardo Nicolau

Um dos nomes que possivelmente dispute este pleito é o do ex-deputado estadual e ex-candidato ao Governo do Amazonas, em 2022, Ricardo Nicolau. Ele já foi do PSDB, de 1996 a 1997; em seguida, esteve no antigo Partido Progressista Brasileira (PPB), no qual permaneceu até 2006, quando foi para o também antigo Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona).

No ano de 2010, Nicolau já estava filiado ao Partido Republicano Progressista (PRP), atual Patriota. Em 2014, o político se filiou ao PSD onde ficou até 2020.

Para disputar as eleições de 2022, Ricardo se filiou ao Solidariedade, partido no qual permanece atualmente.

Marcelo Amil

O advogado Marcelo Amil, que declarou ser pré-candidato a prefeito, embora não apresente força política suficiente, já foi do PMN em 2018. Nas eleições de 2020, concorreu ao cargo de prefeito de Manaus pelo PCdoB e, atualmente, está filiado ao PSoL.

Eron Bezerra, Anne Moura e Natália Demes

O ex-deputado federal Eron Bezerra está no PCdoB desde o ano de 1977. Assim como ele, Anne Moura, que é secretária nacional de Mulheres do PT, e também já havia colocado seu nome como pré-candidata na disputa municipal, só foi filiada a um partido político até o momento. Moura briga pela aprovação da executiva nacional do PT para representar a legenda da nas urnas.

Natália Demes também só tem no histórico um partido político: o PSoL.

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