Manaus, 2 de junho de 2024
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Brasil

Covid-19: Saúde autoriza vacinação infantil sem prescrição

Vacinação em crianças de 5 a 11 anos de idade vai começar a partir da distribuição para os estados; intervalo entre doses será de 8 semanas

Covid-19: Saúde autoriza vacinação infantil sem prescrição

Foto: Divulgação

BRASÍLIA, DF– O Ministério da Saúde (MS) autorizou a vacinação de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos de idade sem a exigência de prescrição médica. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (5) pelo próprio ministro Marcelo Queiroga, durante coletiva de imprensa em Brasília (DF).

O governo não vai exigir a receita médica de um médico, contrariando a vontade do presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a nota técnica do Ministério da Saúde recomenda que os pais e responsáveis pelas crianças procurem a recomendação prévia de um profissional médico antes da vacinação. A distribuição das vacinas para os estados começa a partir do dia 13 de janeiro, para vacinar mais de 20 milhões de crianças em todo o país.

“Criança está em pleno desenvolvimento, então é importante a informação. Temos efeitos adversos, mas eles são raros, mas o cuidado com esse público deve ser maior. Pais devem estar presentes, mas caso não estejam, devem autorizar a vacinação por meio de um termo por escrito e assinado, para reiterar a proteção da criança”, afirmou a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do MS, Rosana Leite de Melo.

Leia mais: Governo define prioridades na vacinação de crianças contra a Covid

Para as crianças, a vacina a ser aplicada será a ComiRNAty, da Pfizer, com intervalo de oito semanas entre a primeira e a segunda dose. Além disso, a recomendação do Ministério é que a vacinação comece pelas crianças mais velhas. “Em comparação com as mais jovens, elas têm mais sintomas, saem mais e também vão para a escola. No entanto, quem vai decidir efetivamente é o município”, afirmou a secretária.

A secretária ainda alertou que o intervalo entre as duas doses vai ser de oito semanas devido à quantidade de anticorpos que podem ser produzidos no período. A bula da vacina recomenda que o intervalo seja de três semanas, mas países como Reino Unido e Austrália adotaram o intervalo de dois meses. A secretária ainda informou que há risco de miocardite, mas o intervalo entre as doses pode proteger contra o efeito.

“Estudos demonstraram que a produção de anticorpos é maior num intervalo maior que três semanas. Isso é muito melhor para qualquer individuo, principalmente para as crianças. Há risco de miocardite, mas isso é raro, e nas crianças, os efeitos são menores. Se aumentarmos o intervalo, a proteção contra os efeitos adversos são maiores”, afirmou a secretária.

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