BRASÍLIA, DF – O jogo entre Brasil e Argentina, que deveria ter acontecido neste domingo (5), foi além do gramado e pode parar na CPI da Covid, no Senado Federal. Em entrevista à GloboNews, o vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues, afirmou que vai protocolar um pedido de informações para saber quem autorizou a entrada dos jogadores argentinos em campo.
A partida foi suspensa com menos de 10 minutos após o inicio, quando agentes da Anvisa e da Polícia Federal invadiram o campo para retirar os jogadores argentinos Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso. Isso porque eles omitiram informações para entrar no Brasil, que exige que qualquer pessoa vindo do Reino Unido deve cumprir quarentena de 14 dias na cidade em de desembarque.
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Após a ação dos agentes, a seleção argentina se negou a jogar. Antes dos agentes entrarem em campo para a retirada dos jogadores, a Polícia Federal tentou notificá-los no hotel e no vestiário, mas a delegação argentina não liberou a entrada dos agentes, sendo necessária a entrada no campo por parte das autoridades.
“Nós estaremos protocolando amanhã um requerimento pedindo informações à Confederação Brasileira de Futebol, à Anvisa, e à Conmebol sobre o acontecido no jogo de hoje. Nos interessa muito menos a questão do futebol. Nos interessa muito mais [saber] quais foram as autoridades brasileiras que constituíram eventual acordo para que tenha ocorrido burla às normas sanitárias do nosso país”, afirmou Randolfe.
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O senador ainda destacou que deve pedir a convocação de representantes da CBF e da Anvisa, caso o pedido de informações não seja enviado à CPI. “Nós não queremos aprofundar [a apuração] em relação a esse assunto. Precisamos ter essa informação. Se não tivermos essa informação, não descartamos a possibilidade de convocar um representante da CBF ou da Anvisa para informar quem são essas autoridades”, pontuou o senador.
Segundo Randolfe, houve um acordo entre a Conmebol e o governo brasileiro para que os jogadores pudessem entrar em campo, mesmo descumprindo as regras sanitárias do Brasil. “Está claro e foi dito por vários interlocutores, foi dito inclusive pela Conmebol, que havia um ‘acordo’ com as autoridades do governo brasileiro para a participação dos quatro jogadores que foram identificados pela Anvisa burlando as normas sanitárias do nosso país”, continuou Randolfe Rodrigues.
(*) Com informações do G1
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