Foto: Isac Nóbrega/PR
BRASÍLIA, DF – Com as recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a vacina da covid-19, o relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros, quer que o chefe do Executivo seja banido das redes sociais. Calheiros e outros senadores membros da Comissão vão incluir o pedido no relatório final, a ser votado nesta terça-feira (26), no Senado Federal.
“Vamos encaminhar uma ação cautelar junto ao Supremo Tribunal Federal pedindo o banimento dele nas redes sociais, como ocorreu nos Estados Unidos com o Donald Trump”, afirmou. Pelas redes sociais, Calheiros ainda destacou que a declaração “não é apenas fake news, é mais do que uma simples mentira — isso é terrorismo de Estado. A Justiça precisa frear essa loucura”, escreveu.
Outro membro da Comissão que se manifestou foi o vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues. Ele repudiou o posicionamento de Bolsonaro ao relacionar a vacina da covid-19 com a Aids. “Temos um delinquente contumaz na Presidência da República! Informo que incluiremos, no relatório da CPI, a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a covid-19 à Aids”, disse.
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“Além disso, encaminharemos ofício ao ministro Alexandre de Moraes, pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo, no âmbito do inquérito das fake news. Recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do presidente”, acrescentou Randolfe.
Em sua tradicional live, na última quinta-feira (21), Bolsonaro leu duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que afirmavam que as pessoas que receberam as duas doses da vacina contra o novo coronavírus estariam se tornando mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquiria (Aids).
Após as falas, o Facebook tirou do ar a live do presidente, e afirmou que as declarações de Bolsonaro vão contra as políticas da empresa em relação à vacina da covid-19. Anteriormente, a plataforma derrubou uma publicação em que o presidente incentivava o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19.
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O senador Alessandro Vieira foi o primeiro a se posicionar contra a fala do presidente, inclusive pediu que a CPI acionasse o Supremo “conduta potencialmente criminosa do presidente da República”. “Quando o presidente, de forma reiterada e consciente, mente e desinforma a população, milhares de pessoas deixam de buscar a vacinação, usar máscaras ou adotar medidas de cautela contra a covid-19”, sustentou. “A consequência, como sabemos, é o aumento no número de infectados, doentes e mortos. É o prolongamento do sofrimento causado pela pandemia.”
(*) Com informações do Correio Braziliense
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