Foto: Reprodução
MANAUS, AM – O “troca-troca” de cadeiras na administração pública municipal começou antes mesmo das definições políticas em 2022. Isso porque o prefeito de Manaus David Almeida (Avante) decidiu colocar um de seus gestores mais próximos de suas “asas”, no caso o ex-diretor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman), Fábio Augusto Alho da Costa, que deixa a pasta após duas gestões consecutivas.
Fábio Alho está na Prefeitura de Manaus desde a gestão do ex-prefeito, Arthur Neto (PSDB) e, agora, após não poder mais prosseguir na função, o advogado foi acolhido e nomeado para ser o coordenador do Gabinete Pessoal de David Almeida.
O salário ainda não foi confirmado, mas na Ageman, em janeiro, Alho recebeu o valor bruto de R$ 25.333,33, já o valor líquido foi de R$ 19.504,80.
O Portal AM1 já vinha denunciando que a gestão de Fábio junto a Ageman não contemplou de fato, o seu real papel, que era o de acompanhar os serviços concedidos de água, esgoto, iluminação pública, do transporte coletivo e do sistema de estacionamento.
Iluminação Pública
Prova disto, é que no ano passado, a Prefeitura de Manaus encaminhou um projeto para a Câmara Municipal de Manaus (CMM) para reajustar a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip), o mesmo foi aprovado, quase que em sua totalidade, pelos vereadores da base aliada ao prefeito e a direção da Agemam, à época, não manifestou preocupação com o reajuste na conta da população manauara.
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E o que não é se trata de nenhuma surpresa, é quem vai assumir o posto deixado por Fábio: o economista, Elson Ferreira de Andrade Júnior, que deixou a superintendência da Unidade Gestora de Abastecimento de Energia Elétrica (UGPM Energia), que gerencia a questão da iluminação pública de Manaus. Já no lugar de Elson Ferreira entra o advogado Helder Pinto da Silveira.
Água e esgoto
Na questão da água, Fábio também não foi muito além e vereadores da CMM entraram com pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para fiscalizar os atos da concessionária Águas de Manaus, principalmente pela cobrança da taxa de esgoto, que a própria empresa já afirmou que possui apenas 26%, e que até 2024 passará a 45% de cobertura.
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Transporte público
Quanto ao transporte público, a Ageman, no comando de Alho, não se aproximou dos anseios da população. Mesmo as empresas de ônibus recebendo mais de R$ 280 milhões dos cofres municipais, os investimentos na frota não acontecerem e nem muito menos o acompanhamento na prestação dos serviços prestados pelas empresas, pois os coletivos se encontram precários e deixam quase que diariamente a população “à espera de um milagre”.
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Contadores de energia
Outra fiscalização que passou em “branco e no silêncio”, na gestão de Fábio Alho, na Ageman, foi quanto a colocação dos novos contadores de energia elétrica, da empresa Amazonas Energia, em que alguns dos itens instalados apresentaram irregularidades, conforme fiscalização do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), e moradores da zona Norte estavam pagando a conta em dobro.
O caso só foi olhado pelas autoridades, após estes mesmos moradores impedirem a entrada de funcionários da empresa para realizarem a troca dos medidores.
A instalação dos medidores só foi suspensa devido a uma intervenção no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), que decidiu liminarmente para que os contadores não fossem mais instalados até a resolução das pendências da empresa Amazonas Energia, que por sinal tem na sua vice-presidência, Radyr Gomes de Oliveira que é pai de um dos secretários de David Almeida, Radyr Júnior da Secretaria de Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi).
Orçamento milionário
Em pouco mais de quatro anos de sua criação e efetivação, a Ageman gastou um valor suntuoso, que ultrapassou os R$ 15 milhões. Em 2018, a pasta gastou R$ 1.767.828,09. Em 2019, o gasto foi para R$ 3.765.836,17 milhões; no ano subsequente esse valor saltou para R$ 4.289.319,25 e em 2021 esse valor foi para R$ 5.178.549,29 milhões.
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