Foto: Sérgio Lima/Poder 360
SÃO PAULO, SP – No jantar que reuniu Lula (PT) e Geraldo Alckmin (sem partido) no último domingo (19), realizado pelo grupo Prerrogativas, uma ausência significativa passou quase despercebida pelo grupo: a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), aliada e “filha política” de Lula. A ex-presidente, inclusive, não teria sido nem convidada para o evento.
A amigos próximos, a ex-presidente confirmou sua exclusão e a surpresa com a falta de convite. Para eles, a ex-presidente disse ter entendido que se tornou “um problema político” para Lula. A assessoria de Dilma, entretanto, afirmou que ela estava em Porto Alegre e tem evitado viajar devido à pandemia de covid-19.
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O jantar que uniu Lula e Alckmin pela primeira vez, em meio aos boatos de uma chapa formada pelos dois, reuniu mandatários de partidos e políticos que votaram favoráveis ao impeachment da ex-presidente, como Baleia Rossi (MDB) e Gilberto Kassab (PSD), e a ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra do Turismo de Lula, Marta Suplicy (MDB), que também foi ministra da Cultura no governo Dilma. Marta, inclusive, ficou sentada à mesa de Lula.
Além disso, a disposição dos lugares foi feita pelo próprio Marco Aurélio Carvalho, que colocou Lula sentado lado a lado com Alckmin. Na mesma mesa, também estavam o ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
Convidada ou não?
Questionado sobre o convite à ex-presidente, o organizador do evento e coordenador do Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, disse que “jamais deixaria de convidá-la”, e que teria pedido ao deputado federal Rui Falcão (PT), ex-presidente do partido, para convidá-la. No entanto, Falcão disse que nunca recebeu a missão. Questionado novamente, Carvalho disse que o ex-ministro José Eduardo Cardozo teria ficado responsável pelo convite.
A ex-presidente teria dito a interlocutores que sua presença no evento avivaria uma lembrança de que os potenciais aliados de Lula em 2022 teriam trabalhado ativamente pelo impeachment. Não por acaso, políticos petistas tentaram minimizar a presença de Dilma no jantar, dizendo que por ela estar em Porto Alegre, estaria longe do núcleo de campanha do ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República em 2022. Mas governadores de estados mais distantes, como Wellington Dias (PI) e Rui Costa (BA) estavam presentes no encontro.
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