
Fora da jogada
A irmã do prefeito David Almeida (Avante), Dulce Almeida, que comanda a Secretaria Municipal de Educação (Semed), não poderá disputar cargo algum no mesmo pleito que o irmão, em 2024, apontam especialistas em Direito Eleitoral consultados pelo Portal AM1. A legislação eleitoral não permite que o prefeito tenha um parente próximo como vereador. Isso porque, cabe ao vereador, no Legislativo, fiscalizar e cobrar as ações do prefeito, que está ligado ao Poder Executivo.
Ou um ou outro
Para Dulce brigar por uma das 41 cadeiras na Câmara Municipal de Manaus (CMM), David terá de abrir mão da reeleição – o que não deve ocorrer. Embora David nunca tenha afirmado que irá disputar a permanência no cargo, a própria equipe de comunicação dele já dá sinais óbvios de que ele pode tentar a reeleição. As pesquisas de intenções de voto, inclusive, que são divulgadas pela Prefeitura de Manaus e colocam David como favorito entre os possíveis candidatos ao cargo de prefeito da capital amazonense no próximo pleito são exemplo disso.
Segunda alternativa
Depois de ser excluído da eleição majoritária em 2022 por David Almeida, o secretário municipal de Limpeza Pública, Sabá Reis (Avante), está de olho na cadeira de prefeito de Presidente Figueiredo. Sabá vai precisar de um vice, ou uma vice-candidata. Será Dulce a escolhida para o cargo? Assim, os irmãos Almeida teriam, juntos, em 2025, um mandato de deputado estadual, um de prefeito e um de vice-prefeito. O pódio perfeito!
‘Patetando’
E por falar neles, hoje, esta coluna destaca o “brilhante” papel dos vereadores da cidade de Manaus. Boa parte da base “babona” do prefeito de Manaus no Legislativo Municipal se atrapalhou toda, ontem, e acabou votando contra uma matéria da Prefeitura de Manaus. Foi tão cômico, que pareceu mais um circo. Porém, se juntássemos o monte de trapalhões, não daria um Didi Mocó. Quem comemorou o voto contrário foi a oposição na pessoa do vereador Rodrigo Guedes (Podemos), o qual disse que os colegas de bancada “patetaram”. Diferente da base “pateta”, Rodrigo disse que votou ”não” e consciente. “Ô, juiz! Pode chamar o VAR!”, ironizou o vereador.
Rindo para não chorar
O gol contra da base aliada do prefeito demonstra que a população não está nada bem de representação no Legislativo Municipal. É aquela coisa: se os caras votam errado para o patrão deles, imagine para a população. E vale lembrar que os 41 vereadores custam muito caro para os cofres públicos. Depois do erro, alguns ainda tiveram a audácia de pedir para refazer a votação, mas, graças ao bom senso do presidente da CMM, vereador Caio André (Podemos), o protocolo não foi quebrado e o veto à matéria do prefeito foi mantido.
Inspiração
Depois de o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) promover, na última segunda-feira (16), um mutirão de limpeza na orla do São Raimundo, com a retirada de 10 toneladas de lixo, o vereador Rodrigo Guedes decidiu se espelhar e também se articular para um novo mutirão no local, desta vez, será neste sábado (21), a partir das 8 horas da manhã. A diferença entre as duas ações é que Amom teve um controle de quantas pessoas participariam da ação e pôde disponibilizar itens de segurança e higiene para os voluntários, enquanto Guedes pede que levem botas, chapéus, protetor solar e água. A ideia de mutirão de limpeza é ótima, mas deve haver um cuidado, principalmente por parte do organizador, para que os presentes no local estejam em segurança e sem risco à saúde.
Cobrança
A bancada federal, o governador Wilson Lima e o prefeito de Manaus estiveram reunidos, nesta quarta, com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros de Lula (PT) para cobrar do governo federal agilidade nas ações de socorro ao Amazonas, que enfrenta o período de estiagem com a maior seca da história do rio Negro e também um intenso período de queimadas com 59 municípios em situação de emergência.
Sob pressão
A pressão sobre o vice-presidente fez com que ele assinasse a ordem de serviço para início das obras de dragagem do rio Amazonas. Além disso, o governo vai antecipar o Bolsa Família para famílias de 55 municípios do Estado. Alckmin esteve no início do mês em Manaus, quando prometeu a dragagem do rio Amazonas, porém, até agora, nada de a promessa avançar. Agora, depois da canetada, parece que, finalmente, o processo vai acontecer. Segundo o governador, a boa notícia é que, a partir da semana que vem, os municípios que já apresentaram seus planos de trabalho podem começar a receber recursos federais.
Sensibilidade?
O senador Eduardo Braga (MDB) disse que é preciso reconhecer a sensibilidade do governo Lula diante do drama enfrentado pelos amazonenses. É isso mesmo, produção? A palavra é sensibilidade? Foi preciso uma pressão grande dos parlamentares do Amazonas e também da mídia para que o governo federal finalmente olhasse para o nosso Estado, e agora, é preciso a cobrança para que o apoio chegue aos municípios ainda nesta seca, pois com a demora, daqui a pouco, já estaremos enfrentando a enchente. É bom lembrar o senador emedebista que é dever do presidente, como chefe de Estado, mobilizar seus ministérios em favor do povo. Braga destacou que sete ministros foram mobilizados para a reunião – o que ainda é pouco. A Amazônia está queimando e há demora no envio de apoio.
Levou falta
O senador Plínio Valério (PSDB) preferiu não participar da reunião e evitou um encontro com a ministra do Clima e do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), que tem sido alvo constante de críticas do senador na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs. A assessoria de Plínio informou a esta coluna que, em vez de estar na reunião da bancada tratando dos interesses do Amazonas, o senador cumpriu agenda de uma reunião da reforma tributária em seu gabinete. O tucano foi o único parlamentar da bancada a estar ausente no encontro com Alckmin e Marina.
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