Manaus, 5 de maio de 2024
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Cenário

Eleitor pede cassação de Gilmar Nascimento por possível quebra de decoro parlamentar

O Portal AM1 teve acesso aos documentos que Márcio Daniel protocolou na CMM nesta terça-feira. No documento, o eleitor pede apuração em relação às ações de Gilmar durante o festival folclórico do CSU do Parque Dez.

Eleitor pede cassação de Gilmar Nascimento por possível quebra de decoro parlamentar

Gilmar Nascimento (Foto: Divulgação /Assessoria - Vereador Gilmar Nascimento)

Manaus (AM) – O vereador Gilmar Nascimento (Avante) se tornou alvo de pedido de cassação nesta terça-feira (31) por possível quebra de decoro parlamentar envolvendo o Arraial do CSU do Parque Dez. A ação partiu de Marcio Daniel, eleitor que está sendo processado pelo vereador, que cobrou prestação de contas do parlamentar referente ao Festival Folclórico ocorrido em junho deste ano.

O Portal AM1 teve acesso aos documentos que Márcio Daniel protocolou na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira, às 10h18. No documento, o eleitor pede apuração em relação às ações de Gilmar durante o festival folclórico.

Marcio Daniel acusa o vereador pela “prática de atos incompatíveis com o exercício parlamentar e com a dignidade da Câmara Municipal de Manaus”. O requerente solicita ainda que o pedido seja encaminhado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa para que “medidas possam ser tomadas”.

Ao Portal AM1, Márcio Daniel reafirma o que foi dito da última vez, que “foi constrangido e está sofrendo perseguições” por parte de Gilmar Nascimento. Daniel afirma também que o pedido de cassação é para mostrar à sociedade que os eleitores não devem se calar diante das intimidações de governantes ou representantes políticos.

“Estou sofrendo perseguições no meu estabelecimento. Então, eu não acho correto eu me calar. É para a sociedade, a minha comunidade, que é o Parque Dez, ver que estou sendo injustiçado somente por estar pedindo prestações de contas. Eu não estou ofendendo ninguém. […] Estou entrando com o pedido de cassação porque é uma pessoa que não representa o povo, tanto que na última eleição o povo do Parque Dez deu a resposta: o então vereador não foi eleito pelo voto popular”, expressou o eleitor.

“A minha indignação é essa, por um trabalhador estar sofrendo perseguições, por um trabalhador não poder expor as suas opiniões, não expor as suas cobranças a uma pessoa pública, a uma pessoas que está ali para representar o povo. Se ele fez isso comigo, imagine com quem não tem condições de correr atrás de seus direitos”, completa.

Daniel disse que confia na Câmara Municipal e no presidente da Casa, Caio André (Podemos) para julgar Gilmar Nascimento e votar pela cassação do mesmo. O eleitor diz ainda que “será uma vergonha” para o parlamento municipal se Gilmar ainda continuar no cargo depois da denúncia realizada e provas entregues.

Leia o documento na íntegra:

Briga na Justiça

Gilmar e Marcio Daniel travam na Justiça uma briga na qual o eleitor afirma que o vereador agiu com corrupção durante o Festival Folclórico, onde o mesmo cobrou valores absurdos dos barraqueiros que venderam comidas e outras iguarias na festividade.

Daniel afirma, também, que Gilmar está à frente da coordenação do CSU Parque Dez há anos e a renda que seria arrecadada nas festividades deveriam servir para a manutenção do local, que segundo ele, está abandonado.

Por sua vez, Gilmar Nascimento nega todas as acusações, e inclusive, disse ao Portal AM1, em setembro, que a  maioria da infraestrutura que o bairro recebeu foi “graças” ao seu mandato.

Ofensas

O vereador Gilmar Nascimento ressaltou que, desde a época do festival, em junho, até agosto, vinha sendo ofendido por Daniel e por outro morador com palavrões e outros termos como “Anjo mal do Parque Dez, corrupto, bandido, cadê o dinheiro, e outras ofensas”. Mas, segundo o parlamentar, eles terão que provar, na Justiça, que os termos usados para lhe ofender são verdadeiros.

Procurado pelo Portal AM1, o vereador não se posicionou sobre a possível cassação até o fechamento desta matéria. A Câmara Municipal de Manaus também foi questionada sobre o procedimento a ser realizado após o pedido de cassação. Esta também não se manifestou. O espaço está aberto para posicionamentos.

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