Manaus, 2 de maio de 2024
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Cenário

Entenda a briga de vereador de Manaus e eleitor que foi parar na Justiça

Gilmar Nascimento disse que vinha sendo ofendido por Daniel Rei e por outro morador com palavrões e outros termos como "Anjo mal", "bandido", etc.

Entenda a briga de vereador de Manaus e eleitor que foi parar na Justiça

(Foto: Reprodução/Redes sociais /Daniel Rei/Gilmar Nascimento)

Manaus (AM) – O vereador Gilmar Nascimento (Avante) disse ao Portal AM1, nessa quarta-feira (11), que os moradores a quem está processando por ofensas contra a sua pessoa terão que provar, na Justiça, a veracidade de suas afirmações.

Tudo aconteceu desde a realização do Festival Folclórico do Centro Social Urbano (CSU) Parque Dez, na zona Centro-Sul de Manaus, em junho deste ano, quando um dos moradores, Marcio Elto Daniel, conhecido como “Daniel Rei”, cobrou do parlamentar prestação de contas do festival.

Segundo os moradores, houve irregularidades na realização do festival folclórico –o que acabou chamando atenção de outros políticos, como os da Comissão de Defesa do Consumidor, da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), do vereador Rodrigo Guedes (Podemos) e do deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania). Este último aparece em vídeos, nas redes sociais, apoiando Daniel a fazer fiscalização no CSU.

Entre as acusações, os moradores alegaram que a coordenação administrativa do CSU Parque Dez seria liderada pelo vereador Gilmar Nascimento e por seus parentes, além de seus assessores; vereador nega.

Ainda conforme relatos dos moradores, barracas (3 metros)  utilizadas no festival – para venda de comidas e guloseimas – estariam sendo alugadas por cerca de R$ 2,2 mil e segundo os denunciantes, não se viu resultado, até o momento, deste valor, o qual seria utilizado na manutenção do centro social.

Ofensas

O vereador Gilmar Nascimento disse que, desde a época do festival, em junho, até agosto, vinha sendo ofendido por Daniel Rei e por outro morador com palavrões e outros termos como “Anjo mal do Parque Dez, corrupto, bandido, cadê o dinheiro, e outras ofensas”. Mas, segundo o parlamentar, eles terão que provar, na Justiça, que os termos usados para lhe ofender são verdadeiros.

Por essa razão, abriu processo contra os seus ofensores. E, na segunda-feira (10), aconteceu uma audiência de custódia onde as partes não apresentaram acordo e, agora, devem se enfrentar no tribunal. Gilmar pede retratação de R$ 52 mil e pedido de desculpas por parte dos acusados.

“Eu sou ficha limpa, sou brasileiro, amazonense, nascido em Manaus, e de repente você ser atacado por uma pessoa com palavrões, com injúria e difamação, a gente tem que recorrer à Justiça, porque quando o ingrediente é político, as pessoas acham que podem usar as redes sociais para agredir as pessoas, para ofender com intenções escusas”, desabafou o parlamentar.

Por sua vez, Daniel Rei diz que apenas cobrou transparência do vereador sobre o dinheiro que foi arrecadado e, até o momento, não foi esclarecido por Nascimento. O morador, inclusive, fez publicações em um grupo de moradores no Facebook, abordando o assunto e pediu a saída de Gilmar Nascimento da coordenação do CSU.

Após tomar conhecimento das publicações, Gilmar relatou que decidiu processar Daniel e outra pessoa que usavam a página para lhe ofender. O Portal AM1 encontrou algumas postagens que mostram o morador cobrando o vereador e lhe chamando de “Anjo Mal”.

Em uma das postagens, Daniel usa o termo “vagabundos” sem citar nomes, mas, aparentemente, os membros do grupo já sabem a quem ele está se referindo. Além disso, outros moradores também xingaram o parlamentar; mas não foram processados.

Veja:

Indignação

“Minha posição sobre esse processo é de indignação contra um cidadão. Um cidadão que só quer a prestação de contas. Eu não estou dizendo que o vereador é isso ou aquilo, só estou querendo que ele faça a prestação de contas. Só quero que ele saia da frente do CSU do Parque Dez, que ele deixe para a comunidade cuidar como fazia antes, e eles não aceitam isso porque ali virou uma mina de dinheiro”, afirmou o eleitor.

O homem disse que se sente indignado e revoltado porque considera o processo uma maneira de “tentar calar o cidadão”. Ele também lembra que ao ser processado teve ajuda e apoio de outras pessoas, mas se fosse com outro cidadão que não tem as mesmas condições, as coisas seriam diferentes. No entanto, está confiante de que ganhará a causa.

“Infelizmente nós estamos passando por uma vergonha politicamente no estado do Amazonas. Aonde já se viu um parlamentar processar um cidadão, pelo cidadão pedir que ele preste contas, que ele use a transparência e nem isso ele faz”, contou.

O homem disse, ainda, que é o processo é uma afronta.

 

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