Em ano de eleição, chuva deve intensificar atuação da Seminf em Manaus

(Fotos: Reprodução/Redes sociais)

Manaus (AM) – 2024 é um ano onde tudo pode acontecer, pois é ano eleitoral. Em busca da reeleição para vereador ou para ser o novo chefe do Executivo municipal, os eleitores manauaras já percebem mudanças por parte dos parlamentares, e também, pela Prefeitura de Manaus, que tem apressado suas obras por toda a cidade.

O período chuvoso, por exemplo, acontece anualmente e sempre traz consigo muitos prejuízos aos cidadãos que moram, especificamente, em áreas de risco. Essas áreas, por vezes, são acometidas por erosões, que destroem casas e, lamentavelmente, provocam tragédias, como ocorreu em 12 de março de 2023, na zona Leste da capital, quando um deslizamento de terra matou oito pessoas após uma forte chuva.

Apesar de a Prefeitura de Manaus conseguir recursos financeiros desde o ano passado para investir nas áreas de risco e retirar famílias dessas localidades, ainda não é possível ver tantas mudanças assim. Em novembro de 2023, um levantamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB) registrou mais de 600 áreas de risco na capital. Veja o mapa disponibilizado pelo SGB em parceria com a Defesa Civil do Amazonas.

Segundo o mapa, as áreas em cor vermelha significa risco muito alto; na cor laranja significa risco alto; já na cor amarela é definido como risco médio e na cor verde, como risco baixo de deslizamento de terra (Foto: Divulgação/Defesa Civil do Amazonas)

O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), em parceria com o senador Eduardo Braga (MDB), criaram a Secretaria de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf), inaugurada em 18 de setembro de 2023, com a promessa de que os recursos destinados à pasta seriam para ajudar a população que mora em áreas de risco em Manaus e para melhorar a qualidade de vida destas.

Braga até citou em seu discurso, no dia da inauguração, que nos últimos anos a política habitacional foi abandonada pelo governo federal e o projeto “Minha Casa, Minha Vida” foi esquecido, e com isso, Manaus foi prejudicada de forma lamentável, pois, a capital amazonense e a região Norte têm o maior déficit proporcionalmente em habitação.

O emedebista aproveitou a oportunidade para falar que a secretaria veio para facilitar a vida das pessoas que, por falta de moradia, recorrem às áreas de risco para abrigar-se.

“Ninguém gosta de morar em área de risco, colocando em risco a vida de sua família e a sua própria vida, ninguém gosta de morar dentro de igarapé […] Com o Prosamin, o sonho da casa própria, o sonho de você enfrentar realidades muito difíceis, do aspecto social, de você enfrentar as áreas de riscos, as áreas dos alagados, era possível. Com a ausência de uma política habitacional isso foi ficando cada vez mais difícil”, disse o senador da República.

Seminf

O período chuvoso no Amazonas, bem como na Região Norte, inicia entre o mês de dezembro e se estende até meados de maio, e é nesse período que a capital do Amazonas enfrenta dificuldades relacionadas ao clima e à questão de erosões no solo. As ruas, por exemplo, costumam ser recapeadas com mais frequência, ou deveriam ser, já que surgem buracos nas vias em grande número.

Em fevereiro de 2023, uma cratera se abriu na avenida Djalma Batista, zona Centro-Sul, devido ao desgaste da tubulação antiga, além do período chuvoso, e foi necessário interditar os dois lados da via para recuperá-la, o que atrapalhou o trânsito. Já neste ano, uma outra cratera se abriu em uma das principais avenidas de Manaus, a Constantino Nery, também na zona Centro-Sul.

Nas duas avenidas a Seminf trabalhou de forma acelerada para tentar resolver o problema, e espera-se que até ao final do ano a secretaria liderada por Renato Junior também aja da mesma forma, haja vista que, para ajudar o prefeito ser reeleito, o secretário não deve medir esforços.

Questionado pela reportagem sobre como a secretaria irá atuar, Renato Junior confirmou que a pasta vai trabalhar “com muita velocidade e competência” para mostrar às pessoas que a gestão do prefeito “está trabalhando dia e noite”.

O Portal AM1 também questionou o secretário sobre como a secretaria irá atuar nas áreas de risco nesse período onde as chuvas costumam cair com bastante intensidade, principalmente nas zonas periféricas da capital, mas até à publicação da matéria não houve retorno.

A reportagem também indagou ao secretário se já existe um planejamento em relação às erosões no solo nas áreas mais afetadas e como a Seminf vai atuar. A pergunta também não foi respondida. Se houver posicionamento após a publicação, a matéria será atualizada.

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