Manaus, 6 de maio de 2024
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Cidades

Em vídeo, vereador denuncia falta de estrutura e superlotação do João Lúcio

Na publicação, ele mostra leitos e macas no meio do corredor do hospital e critica a má-gestão do governo do Estado em relação à saúde pública

Em vídeo, vereador denuncia falta de estrutura e superlotação do João Lúcio

(Foto: Reprodução)

O vereador Marcelo Serafim (PSB) usou suas redes sociais na noite desta terça-feira, 26, para publicar um vídeo onde ele mostra a superlotação nos hospitais da cidade. Em pouco mais de 30 segundos, o vídeo exibe a área interna do Hospital Pronto Socorro (HPS) João Lúcio, na Zona Leste de Manaus, com leitos ocupados e macas entre os espaços da sala e no meio do corredor da unidade hospitalar. No título da publicação, ele escreveu: “depósito de seres humanos”.

Procurado pelo Amazonas1, o vereador informou que o vídeo foi gravado no último domingo, 24, e usou suas redes sociais para chamar atenção sobre os acontecimentos nos prontos-socorros do Estado que não são vistos pela maioria da população.

“Essas imagens da área interna do Hospital Pronto Socorro João Lúcio (corrigindo a informação) mostram a realidade dura de um governo que não privilegia a saúde pública e que permite que nossos hospitais sejam ‘depósitos’ de seres humanos, desrespeitados e humilhados por um governo desastroso, irresponsável e inconsequente”, declarou Marcelo Serafim, informando não ser a primeira vez que ele usa suas redes sociais para relatar casos relacionados.

Em resposta a reportagem a Secretária de Estado da Saúde (Susam), informou em nota que o HPS João Lúcio recebeu um número maior de pacientes, devido às comemorações após a final de um evento esportivo ocorrido neste final de semana

“A direção do Hospital e Pronto-socorro João Lúcio esclarece que a unidade atende com suas “portas abertas” e que as imagens tratam-se da área do politrauma, a porta de entrada da urgência e emergência que normalmente tem um fluxo grande de pacientes recebendo os primeiros atendimentos. A direção da unidade reforça que mesmo com a alta demanda, nenhum paciente deixou de ser atendido, graças ao empenho de todos os profissionais da unidade”, esclarece a nota.

 

https://www.instagram.com/p/B5WNgc9hlBg/

 

Saúde do Estado

A negligência na saúde pública por parte do Estado tem sido tema de discursos e críticas do meio político, seja na Câmara Municipal de Manaus (CMM) ou na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Atrasos em pagamentos, protesto de funcionários terceirizados, médicos e servidores públicos.

O Amazonas1 recebeu denúncias sobre leitos ocupados, pacientes com gravidez de alto risco e prestes a terem bebê disputando para conseguir uma vaga de internação, falta de material e atendimentos improvisados nas maternidades.

No inicio deste mês, em uma outra publicação em suas redes sociais, o vereador Marcelo Serafim já denunciava a falta de técnicos de enfermagem no Instituto da Mulher e os riscos que isso acarretaria aos recém-nascidos, principalmente aos prematuros.

Hoje, domingo, 10 de novembro, estamos sem equipe de Técnico de Enfermagem no Instituto da Mulher @…

Publicado por Marcelo Serafim em Domingo, 10 de novembro de 2019

 

No post com mais de 600 compartilhamentos àquele momento, o parlamentar informava a ausência destes profissionais e afirmava que esses terceirizados, da empresa Coopeam, estariam sem receber seus salários. A empresa teria assumido esse contrato em setembro deste ano, mas até então, não havia pago esses funcionários.

Em reação à publicação do vereador, a Susam respondeu no mesmo post que “a informação divulgada em redes sociais pelo vereador Marcelo Serafim não procede”.

“O plantão diurno no Instituto da Mulher Dona Lindu ocorreu dentro da normalidade e contou com a presença de 56 técnicos de enfermagem, dos 60 escalados. Até as 17h tinham sido feitos 94 atendimentos ambulatoriais. Tinham sido feitos 10 partos – 5 normais e 5 Cesárias; 2 curetagem; 2 cirurgias ginecológicas e 20 altas realizadas no período. Portanto, um plantão considerado tranquilo pela direção da unidade e pelos profissionais, sem registro de intercorrências no atendimento.”