Coordenadora geral do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom), professora Helma Sampaio, classificou o projeto ‘Escola sem Partido’, como Lei da Mordaça. Na prática, o projeto controverso, tratado como uma das bandeiras do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), propõe incluir entre os princípios do ensino, o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação, moral, etc.
Mas, segundo a professora, a proposta vem sendo repudiada pela categoria dos educadores, pois “tolhe o direito de cada professor de se pronunciar na sala de aula e de promover um debate sobre consciência política e cidadã, por exemplo. Também impede que o professor contribua com a formação de opiniões, além de promover a repressão nas escolas e em sala de aula”, opinou. Para ela, apesar de se chamar Escola Sem Partido, o projeto segue uma ideologia imposta pelo PSL, de Bolsonaro. “Trata-se de um projeto parcial. Os educadores do Brasil inteiro, inclusive de Manaus, já realizaram audiências públicas para debater o projeto, chamado de ‘Lei da Mordaça”, frisou
Votação
A votação do projeto de lei ‘Escola sem Partido’, que ocorreria nesta quarta-feira, 31, foi adiada para a próxima semana. Hoje, o ministro da Educação, Rossieli Soares, se posicionou contra o projeto, em entrevista à Agência Brasil.
Para Rossiele, é evidente que a escola não deve ser partidarizada e já existem leis suficientes que proíbem a propaganda política em ambientes públicos. Na opinião do ministro, a discussão da liberdade de cátedra do professor tem que continuar existindo.
Ainda no contexto do projeto, nesta semana, a deputada estadual eleita por Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL), chegou a recomendar que estudantes denunciassem professores que apresentassem opiniões políticas contra o presidente eleito, Jair Bolsonaro, do mesmo partido.
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.