Manaus, 19 de maio de 2024
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Manchete

Escolas do Estado param por falta de merenda, e Seduc nega crise

Escolas do Estado param por falta de merenda, e Seduc nega crise

Para a Secretaria de Educação, está tudo ocorrendo dentro da normalidade (Reprodução)

Após o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) denunciar, na semana passada, que escolas da Secretaria do Estado de Educação (Seduc) estão parando por falta de  merenda escolar na Zona Rural de Manaus e nos municípios de Fonte Boa, Urucurituba, Nova Olinda, Manaquiri, Humaitá, Lábrea, Eirunepé e Autazes, hoje, 19, foi a vez do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) do município de Parintins anunciar que deixará de funcionar o dia todo, por tempo indeterminado, porque o centro não tem alimento para fornecer aos alunos.

Comunicado do Ceti de Parintins

Manaus, também, registrou falta de merenda escolar, deficiência que  veio à tona após pais e professores fazerem um protesto em frente à Escola Estadual  Dom João de Souza Lima, na Avenida Timbiras, do bairro Cidade Nova, na zona Norte.

Eles fizeram uma manifestação para reclamar da exoneração da gestora da escola que foi demitida do cargo depois de liberar seus alunos por não ter alimentos para oferecer a eles. “Só tinha feijão, arroz e sal. E a diretora tinha comprado botijas de gás com o dinheiro do próprio bolso”, afirmou um professor.

Manifestação em apoio à gestora que liberou alunos por falta de merenda escolar (Reprodução)

 

Crise

O motivo para a falta generalizada de merenda escolar, segundo os educadores, foi a falta de planejamento do secretário da pasta, Lourenço Braga, que não conseguiu fazer, em tempo hábil, a entrega dos itens alimentícios. O problema ganhou repercussão nacional depois que as denúncias foram publicadas no site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com sede em Brasília.

A crise no serviço de merenda escolar nas unidades de ensino da Seduc ocorre menos de um mês após a Seduc contratar, sem licitação, a empresa OM Boat Locação de Embarcações Ltda, pelo valor de R$ 12.493.680,78, para realizar o serviço de transporte dos itens da merenda escola da pasta, pelo período de 90 dias, conforme publicação do Diário Oficial do Estado (DOE).  

Apesar da reclamação de gestores, professores e pais de alunos, a Seduc nega que esteja faltando merenda em suas escolas da capital e interior do Amazonas e vem afirmando em várias notas oficiais que o serviço está dentro da normalidade.

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