A advogada Talita Lindoso, que atua na defesa de Paola Valeiko, irmã de Alejandro Valeiko, falou na tarde desta quarta-feira, 11, sobre o cumprimento de mandado de busca e apreensão que teve a residência do marido de Paola, Igor Oliveira, como um dos alvos. Na ocasião, Talita criticou o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que vazou imagens da apreensão e disse que ainda não teve acesso a decisão judicial que ensejou ao mandado.
Segundo ela, até o momento, a única informação do caso que a defesa tem, é o que surgiu a partir da entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta pelo Ministério Público.
Talita Lindoso destacou que a defesa já protocolizou um pedido de uma cópia integral da investigação e também um pedido para ter acesso a decisão. “Isso é pelo direito constitucional do Igor para saber o porquê que a sua casa foi violada desta forma, mesmo que com uma autorização judicial. Lembrando que a nossa casa é um domicílio inviolável e para que isso aconteça, é necessário ter uma decisão fundamentada com motivos justos”, argumentou.
Sem a decisão, conforme a advogada, não há como ela dizer se a busca foi legal ou ilegal, ou se houve alguma forma de abuso ou de constrangimento. Com relação às imagens divulgadas pelo MP-AM, Talita Lindoso se mostrou revoltada com a atitude da promotoria. “Isso me causa uma revolta, porque nós estamos falando do direito a intimidade do meu assistido e o direito de privacidade que todo o cidadão tem.”
Sobre a quantia em dinheiro apreendida na casa de Igor, a advogada disse que não havia a necessidade de apreensão e que se tratava de um recurso que estaria no cofre da casa. Segundo ela, um dinheiro que estava com o pai de Paola e Alejandro, que é chileno, também foi apreendido.
“A polícia retirou o dinheiro do bolso da calça dele, mas ele tem como explicar a origem, pois tem recibo, imposto de renda e tem como comprovar os valores, porque como ele é estrangeiro, ele anda com moeda estrangeira. No momento em que isso foi apreendido, ele informou ao delegado da Polícia Civil que acompanhava o caso, dizendo que aquele dinheiro pertencia a ele e que ele comprou aquele dinheiro para que ele pudesse se manter durante o período em que ele está aqui. Mas aí eu pergunto, o que os valores encontrados nas mãos do pai de Alejandro têm a ver com a morte de Flávio? O caso está se tornando um palanque político”, questionou.
A advogada finaliza criticando o direcionamento que o caso estaria tomando, uma perseguição política, e destacou que o Consulado Chileno já foi acionado para verificar os motivos pelos quais um material do país estrangeiro foi apreendido.
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