Foto: Reprodução
MANAUS, AM – Candidato a vice-prefeito na chapa de coronel Menezes, em 2020, o delegado Rafael Costa e Silva criticou a inacessibilidade ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Costa e Silva fez o desabafo em uma publicação no Instagram na última quinta-feira (4).
Segundo o delegado, que recebeu pouco mais de 110 mil votos na chapa com Menezes, é claro que o presidente precisa mostrar seu carisma perante os evangélicos e “fazer acenos de amizade e respeito”. No entanto, ele afirma que em todos os eventos dos quais o presidente participou em Manaus, havia uma “cerca de jurubeba gigante” para chegar perto do presidente.
Costa e Silva disse que é impossível desconsiderar o apoio que milhares de pessoas deram ao presidente, em trios elétricos, motociatas, caminhadas, entre outros eventos. “Essas pessoas nunca conseguiram ter uma agenda específica com o presidente Bolsonaro, nem sequer 30 minutos em um auditório. É até mesmo de se indagar se isso é proposital”, afirmou o ex-vice.
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O delegado ainda apontou que muita gente se aproxima do presidente com o intuito de ganhar densidade política para a eleição de 2022. Ele citou o vereador Marcel Alexandre (Podemos), que é pré-candidato a deputado federal, e o deputado federal Silas Câmara (Republicanos). “A população precisa estar antenada para não votar com emoção e errar como em 2018, que colocou pessoas que viraram a casaca e jogaram contra”.
No texto, o ex-candidato a vice-prefeito ainda questionou se a população votaria nos candidatos que o presidente pedisse voto ou fizesse vídeos. “Ou vocês saberiam separar o voto no Bolsonaro do voto nos demais indicados? Ou acham que quem deve decidir o governador, senador, federais e estaduais pelo Amazonas deve ser a população?”
Indecisão sobre 2022
Na última visita de Bolsonaro a Manaus, em outubro, durante um jantar na casa do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente deixou clara a intenção de que Pazuello concorresse a uma vaga no Senado Federal pelo Amazonas, ou até mesmo concorresse ao governo estadual. Na ocasião, estavam presentes o prefeito David Almeida (Avante) e até o govenador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).
A decisão afeta diretamente o coronel Alfredo Menezes, fiel escudeiro do presidente no Amazonas, e que tem se anunciado como pré-candidato bolsonarista ao Senado. Menezes já tem viajado pelos interiores para apresentar seu nome à população, na tentativa de substituir o senador Omar Aziz (PSD-AM), cuja cadeira é a que vai à disputa.
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