Manaus, 18 de maio de 2024
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Manaus, 18 de maio de 2024

Política

Fechado com Bolsonaro, Mourão defende: ‘forçação de barra chamá-lo de genocida’

Sobre a relação com o presidente, a qual estava estremecida, Mourão revelou que a situação 'está muito boa'

Fechado com Bolsonaro, Mourão defende: ‘forçação de barra chamá-lo de genocida’

Foto: Alan Santos/PR

Brasília, DF – Entre altos e baixos no governo, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu a gestão do presidente Jair Bolsonaro de críticas a respeito do combate à pandemia da covid-19 no Brasil. Para Mourão, responsabilizar o presidente pelas mortes por covid-19 é uma “forçação”.

Em entrevista ao jornal O Globo, o vice-presidente ainda criticou as investigações da CPI da Covid no Senado Federal. Mourão ainda aproveitou o diálogo para tentar limpar a barra de Bolsonaro e mostrá-lo como uma boa pessoa, afirmando que ele não age como fala.

“Foram seis meses de desgaste, mas acho que a CPI não trabalhou corretamente. Os interrogatórios foram mal conduzidos e atribuem ao presidente crimes que eu não concordo. É uma forçação de barra chamar Bolsonaro de genocida e difusor da pandemia. O presidente fala muita coisa, mas não age como fala”, disse.

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Como exemplo, Mourão usou o discurso das vacinas contra a covid-19. Vale lembrar, que desde o início da campanha de vacinação no Brasil, Bolsonaro faz declarações antivacina e contra a eficácia dos imunizantes. ‘Por exemplo, sobre vacina. Ele vai contra o que fala, porque compra e distribui vacina. Como diz o imperador romano Marco Aurélio, no livro Meditações, as ações não correspondem às palavras”, comentou.

Sobre a relação com o presidente, a qual estava estremecida, Mourão revelou que o convívio melhorou depois dos atritos, e que a situação “está muito boa”. Por conta dos conflitos internos, a candidatura de Mourão na chapa de Bolsonaro para uma possível reeleição ficou incerta, no entanto, o próprio presidente ainda não decidiu se vai disputar as eleições do ano que vem.

“Temos mantido contato. Antes de ele embarcar para a reunião do G20, na Itália, fui até a base aérea para me despedir. Na volta, não fui recebê-lo, porque era muito cedo. Bolsonaro tem me dado funções de peso no âmbito da política externa. Na semana que vem, representarei o Brasil na posse do presidente eleito de Cabo Verde”, contou.

(*) Com informações do Uol

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