Fotos: Robervaldo Rocha / CMM
MANAUS, AM – O vereador Rodrigo Guedes (PSC) criticou, nesta quarta-feira (1), a demora do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), em executar as emendas impositivas de colegas do parlamento municipal. O alerta foi feito pelo vereador Diego Afonso (PSL), durante sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM) no dia anterior (30), que cobrou o cumprimento de suas emendas aprovadas em 2020.
“Isso mostra que o prefeito vê o Parlamento como algo totalmente ‘acessório’ a ele, um anexo, não algo independente em que ele precisa respeitar as 41 imposituras de emendas e executá-las”, declarou Guedes.
O parlamentar também criticou a postura dos vereadores da Casa, que segundo ele, se calaram diante da situação “bizarra e absurda”.
“Me surpreendo [sic] com os vereadores aceitarem isso, chega a ser bizarro e absurdo, uma vez que a emenda é um instrumento legal e precisa ser executada de forma igual. Imagine executar da base, e não da oposição, significa que a máquina pública está sendo usada para fins políticos”.
“Passar o ano inteiro e só descobrir agora, porque um vereador surgiu e os demais se calaram, demonstra que os vereadores estão dobrados de joelho para o prefeito. Não fazem nem o papel de se impor e cobrar que suas próprias emendas sejam executadas!”, completou.
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Falta gestão
Autor da denúncia na CMM, o vereador Diego Afonso comentou que esteve reunido com o presidente da Casa, David Reis (Avante), e com o líder do governo, Marcelo Serafim (PDB) sobre questões orçamentárias, mas não adiantou. De acordo com ele, no momento em que a emenda é aprovada, o Executivo Municipal não executa e prejudica a população.
“Fiz um alerta aos vereadores e esse mesmo alerta tenho feito aos secretários e cabe, agora, ao Poder Executivo cobrar da sua equipe técnica para que, de fato, execute; para que o recurso chegue à população. É bom lembrar que quando o vereador requer e aprova o orçamento é para que chegue a essas famílias que tanto precisam, seja de uma cesta básica, equipamento social, academia ao ar livre, reformas e etc”, explicou o parlamentar do PSL.
Por conta do travamento das emendas aprovadas em 2020 – que deveriam ter sido executadas ao longo de 2021 – Diego Afonso contou que precisou frear as tratativas das emendas impositivas referentes ao próximo ano.
“Eu até paralisei por conta dessa medida e vou discutir muito orçamento por conta disso. Imagine, o que eu aprovei no ano passado não foi nem executado! Eu vou voltar a alertar o líder do prefeito, o presidente da Casa e o prefeito, porque falta gestão. Na minha empresa (setor privado), eu reúno a equipe técnica e dou um a meta, se não atingir até fim do ano, é passivo de advertência ou demissão. Na pública é exoneração!”, sentenciou o político.
No mês passado, a CMM abriu o prazo para os 41 vereadores apresentarem R$ 42,5 milhões em emendas ao orçamento de 2022. Eles têm até a próxima segunda-feira (6) para emendar a Lei Orçamentária Anual (LOA).
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