Manaus, 16 de maio de 2024
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Cenário

Guerra declarada entre Josué Neto e Alessandra Campêlo na Assembleia

Alessandra disse que questionará na Justiça a escolha monocrática feita por Josué dos membros da 'CPI da Saúde'

Guerra declarada entre Josué Neto e Alessandra Campêlo na Assembleia

O embate político entre o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Josué Neto (PRTB) e a vice-presidente, deputada Alessandra Campêlo (MDB) ganhou novo capítulo, nesta quinta-feira, 14, após a parlamentar sugerir em um áudio de WhatsApp, uma intervenção na Casa Parlamentar.

O pano de fundo da ‘guerra declarada’ foi o pedido de impeachment contra o governador Wilson Lima (PSC) e o vice, Carlos Almeida (PTB), que tinha sido aceito por Josué Neto mesmo contendo ‘pendências’. No entanto, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ‘barrou’ a tramitação do processo no Legislativo, nessa última quarta, 13.

No áudio, Campêlo critica outra decisão de Josué Neto, dessa vez envolvendo a escolha sobre os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), a chamada ‘CPI da Saúde’ que vai investigar gastos no setor entre 2011 e 2020.

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“Há um pedido de impeachment aceito por um presidente impedido e agora uma CPI indicada em cinco minutos depois da queda de vários deputados online. Ai está virando a terra sem lei. Infelizmente vai ter que ter uma interferência do Poder Judiciário na Assembleia Legislativa, porque isso é um absurdo, eu tenho vergonha de um posicionamento desse tão ilegal de uma Casa que a Casa de fazer as leis”, disparou.

A vice-presidente também afirma que a Assembleia tem um Regimento Interno que vem sendo totalmente ignorado e que acabará sendo controlada pelo Poder Judiciário “devido a esse ímpeto de fazer tudo de qualquer forma sem lei”. Em seguida, ela completa afirmando que foram aprovados “várias leis importantes no Estado sem observar que a pauta estava trancada”.

Campêlo adianta, ainda, que irá colocar na ordem do dia na próxima sessão da Assembleia, o fato de que a indicação dos membros de uma comissão é feita pelo presidente, mas a partir de indicação dos partidos políticos. “Nós não estamos vivendo numa ditadura ou numa tirania onde o presidente é o imperador supremo, que decide. Acho que as coisas estão passado saindo muito do controle”, criticou.

Nesta semana, a rusga entre Alessandra Campêlo e Josué Neto provocou tumulto durante as sessões online do Legislativo, que adotou a forma virtual devido a pandemia. Na ocasião, a parlamentar teceu duras críticas  a condução do presidente em relação aos trabalhos da Aleam.

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Escute as declarações da deputada Alessandra Campelo.