Manaus, 18 de maio de 2024
×
Manaus, 18 de maio de 2024

Esportes

Jogador brasileiro naturalizado ucraniano pode ser convocado para lutar contra a Rússia

O governo ucraniano proibiu homens entre 18 a 60 anos de deixar o país e, por ter dupla personalidade, Junior Moraes pode ser convocado para a guerra

Jogador brasileiro naturalizado ucraniano pode ser convocado para lutar contra a Rússia

Foto: Reprodução / Instagram

Ucrânia – O atacante brasileiro do Shakhtar Donetsk e da seleção ucraniana, Junior Moraes, pode ser um dos homens convocados para lutar contra a Rússia no conflito entre os dois países. Moraes é naturalizado ucraniano desde 2019 e, por essa razão, não pode deixar o país por determinação do governo ucraniano, de que homens entre 18 a 60 anos devem se apresentar para lutar ao lado dos militares.

No momento, o atleta está abrigado em um hotel em Kiev, que sofre ataques das tropas russas. Ele aguarda orientações da embaixada brasileira para tentar deixar a Ucrânia, junto com outros jogadores brasileiros.

Leia mais: Vídeo: jogadores brasileiros na Ucrânia pedem ajuda para deixar o país: ‘não tem como sair’

O atleta mora no país há 10 anos e recentemente passou as férias no Brasil no fim do ano passado, mas precisou voltar à Ucrânia para o início da temporada. Com a decisão de mobilização geral do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cidadãos ucranianos do sexo masculinos estão proibidos de deixar o país, sendo assim, Júnior Moraes não pode deixar a Ucrânia por ter dupla nacionalidade.

O pai do atleta, Aluísio Chaves Ribeiro Moraes, que mora em Santos, disse que ainda não conversou com o filho sobre a questão. Porém, está preocupado com a situação do país. A declaração foi concedida ao G1.

Leia mais: Vídeo: ucraniana confronta e amaldiçoa soldado russo: ‘fascistas’

“Vou falar pra ele não ir não, nada a ver. Ele tem dupla nacionalidade. Ele não tem que lutar pela Ucrânia”, defendeu o pai do jogador. Caso Junior seja convocado para a guerra, ele deverá atender à solicitação do país e se unir às tropas militares.

Apesar de não querer que o filho vá para a guerra, o pai do jogador afirmou que ele não pode desobedecer à legislação. “Ele não pode ter mais direito que outros ucranianos e ser isento de uma convocação por ter duas nacionalidades”, pontuou.

(*) Com informações do G1