Manaus, 4 de maio de 2024
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Cenário

José Melo, pré-candidato a deputado estadual, afirma ter alternativa econômica para substituir Zona Franca de Manaus

'Fui buscar todo o meu material em relação à Matriz e voltei a estudar novamente sobre ela e agora volto na defesa daquilo que eu pensava antes: Matriz Econômica Ambiental', explica Melo

José Melo, pré-candidato a deputado estadual, afirma ter alternativa econômica para substituir Zona Franca de Manaus

Fotos: Erick Bitencourt| AM1

José Melo de Oliveira nasceu em Ipixuna, no dia 26 de setembro de 1946. É professor, economista, pré-candidato a deputado estadual pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS), é ex-governador cassado. Foi secretário de Amazonino Mendes, Eduardo Braga e vice-governador na gestão de Omar Aziz.

Em entrevista exclusiva ao Portal AM1, o ex-governador José Melo afirmou que percebe que as pessoas conseguem enxergar que ele foi injustiçado. O professor foi veemente em se defender, afirmando que não desviou um centavo da saúde do Amazonas e quis deixar claro que provou a sua inocência nos autos do processo.

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Melo defendeu, durante a conversa, uma alternativa econômica de sua autoria, chamada ‘Matriz Econômica Ambiental’, elaborada ainda no seu primeiro ano como governador. Para ele, a matriz precisa se tornar realidade de forma urgente, uma vez que a Zona Franca de Manaus está cada vez mais ameaçada e, perder o modelo, pode se tornar um grave problema, além de ser um desastre para a economia local.

AM1: Vamos iniciar falando sobre sua decisão em se candidatar a deputado estadual. Por que o senhor quer ser deputado?

José Melo: A decisão está lá atrás. Quando eu fui governador e senti que a Zona Franca de Manaus era um modelo de desenvolvimento econômico bom, mas ele tinha alguns problemas que eram de decisões lá de fora, modelo que tinha insegurança jurídica. Então, procurei vislumbrar uma outra alternativa e me debrucei sobre as riquezas que o nosso estado tem, que são muitas, mas via que tinha um problema que era a questão ambiental e o que eu fiz? Reuni, aqui em Manaus, nove embaixadores; vários especialistas em meio ambiente; secretários de meio ambiente de toda a Região Norte; representantes do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), e os ambientalistas; Greenpeace; Conservação Internacional, WWF (World Wildlife Fund) e ficamos três dias num hotel de selva estudando de que maneira se poderia explorar as riquezas do Amazonas sustentavelmente. Depois de muita discussão, chegamos a um denominador comum, que nós chamamos de ‘Matriz Econômica Ambiental’, isto é, explorar as riquezas que o Amazonas tem de forma sustentável.

Quando eu estava me preparando para fazer as leis, que iriam ancorar a Matriz, fui cassado e isso ficou esquecido, eu passei três anos na minha casa recluso, estudando. Agora, eu vi que a questão da Zona Franca de Manaus é mais aguda ainda, porque agora somente um simples decreto e não mais uma lei, prejudica a Zona Franca. Fui buscar todo o meu material em relação à Matriz e voltei a estudar novamente sobre ela e agora volto na defesa daquilo que eu pensava antes: ‘Matriz Econômica Ambiental’.

Onde é que serão aprovadas as leis que darão ao investidor a certeza de que ele pode vir produzir jaraqui em cativeiro aqui e esse peixe vai sair com selo verde no mercado internacional? É na Assembleia (Legislativa do Amazonas) e algumas leis adaptadas a nível federal. Então, o meu retorno para a luta política, para a Assembleia, é porque é lá que eu acho que devo contribuir mais com o meu conhecimento, minha experiência nas leis que possibilitarão àquele que quiser investir em Manaus, a certeza de que pode vir, de que não terá problemas com a questão ambiental, pois vai estar fazendo um produto sustentável.

AM1: Final do ano passado terminou a sanção eleitoral imposta ao senhor que era a perda dos seus direitos políticos e seu retorno coincidiu com esse término. O senhor chegou a pensar em não voltar para a política?

José Melo: Veja bem, eu pensei em alguns momentos na minha vida, imagina quanto desespero não passou pela minha mente, fui sustentado por Deus, minha cabeça ficou um turbilhão. Eu era governador, depois não era mais, estava em casa num dia, no outro dia estava preso. Então, a história de vida que começou como professor, fui secretário sete vezes, de repente desaba tudo. Isso tudo foi passando, Deus foi extremamente generoso comigo.

A motivação da minha cassação é que uma moça chamada Nair Blair havia comprado votos, a Justiça assim afirmou. Ela foi à Justiça e provou que não, então, de forma unânime, a Justiça reconheceu que ela não comprou votos, mas está lá: ‘José Melo cassado por compra de votos’, e por que me cassaram por compras de votos, se a pessoa não comprou votos? Esse processo então correu assim e pronto. Outra coisa, quando isso aconteceu, eu pensei: Deus me abençoou de novo, eu tenho, agora, uma razão para sair da minha casa onde eu estava recluso, uma autorreclusão que eu me impus e pensei: ‘Agora eu volto’ […] comecei a andar, conversar com as pessoas e comecei a sentir aquele calor humano e vi que as pessoas me recebiam agora como um injustiçado e isso me deu força, me deu vontade de voltar e assim continuei pensando: “Tenho 75 anos, conheço muita coisa, porque vou ficar no fundo de uma rede? Eu vou lutar pelo que eu acredito, que são as nossas riquezas usadas de forma sustentável para beneficiar o nosso povo, foi essa a razão da minha volta.

AM1: Em dezembro de 2017, o senhor e sua esposa foram presos, alvo da Operação Estado de Emergência, Terceira fase da Maus Caminhos. O senhor foi investigado, por desvios de mais de R$ 100 milhões da Saúde do Amazonas. O senhor é inocente?

José Melo: Primeiro, existe aí uma falácia muito grande. A falácia que existe aí é o seguinte: Eu e minha esposa nunca desviamos um centavo, quanto mais esse valor de mais de R$ 100 milhões; segundo, eu estava na minha casa quando houve essa prisão, fiquei 133 dias preso – 1.140 dias de tornozeleira por algo que eu não fiz.

Eu não conhecia o Mouhamad (Moustafa), não sabia que ele existia, nunca tivemos nenhum tipo de relacionamento, assim sendo, como é que eu e ele, poderíamos formar uma quadrilha? No entanto, eu e a minha esposa (Edilene Oliveira) fomos submetidos a tudo aquilo. Eu fui fazer aquilo que a lei brasileira diz: ‘você tem que se defender nos autos’, eu fiquei quatro anos mudo, me defendendo nos autos. Passado esse tempo todo, nos autos, provei a minha inocência e a Edilene, ainda mais a dela.

Hoje o processo está para ser julgado. Passei três horas e vinte minutos dando meu depoimento, onde eu levei para os autos todas as provas de que eu não tinha participado de nada disso e agora está para ser julgado. A verdade é que nos autos, que é onde eu deveria me defender e falar, estão as provas de que eu estava nesse negócio como Pôncio Pilatos, uma vez que quem mandou matar Jesus foi o Imperador Romano e auto hierarquia sacerdotal israelense, cinquenta mil anos depois escreveu: ‘Padeceu Pôncio Pilatos”, não deveria ter padecido do jugo romano. Então é o seguinte: eu me sinto extremamente confortável em falar desse jeito, porque eu sei que sou inocente, não formei quadrilha com o Mouhamad; nunca nos conhecemos; não temos nenhum tipo de relacionamento. Eu falo por mim, os outros que estão nos autos falam por eles.

AM1: O senhor foi vítima de ex-aliados? Quem foi o seu algoz?

José Melo: Eu fazia parte de um grupo político que começou lá atrás com o Gilberto (Mestrinho), passou pelo Amazonino, veio o Eduardo, o Omar. Neste grupo político, havia uma certeza que no grupo, cada um teria a sua vez, eu era o carregador do piano de todo mundo, eu era o meio de campo, todo mundo cabeceava, fazia gol, no dia que eu disse assim: ‘Agora chegou a minha vez de fazer o gol’, um dos membros do grupo político disse: ‘Não, agora eu quero cabecear de novo’ e eu disse: ‘Então vamos disputar isso aí’, a gente disputou e eu ganhei a eleição com 873 mil votos, 173 mil votos de diferença, inventaram a Nair Blair e eu fui cassado. Eu me senti extremamente desconfortável porque eu confiei, inclusive, na palavra: ‘Você é o futuro’, depois ele não cumpriu a palavra, então em relação a esse senhor, me sinto muito desconfortável porque ele não honrou o que falou e a consequência disso foi que o nosso grupo político se esfacelou, perdeu a eleição, os outros perderam também e agora o grupo está aí juntando os cacos para se refazer.

AM1: O ex-vice governador, Henrique Oliveira, em entrevista ao Portal AM1 afirmou que o algoz de vocês foi o atual senador Eduardo Braga:

José Melo: A palavra algoz para mim é muito forte, eu diria que a natureza do Eduardo é de um cara extremamente egoísta, extremamente agressivo, que inventou aquela palavra ‘venha a nós o vosso reino’, porque só quer para ele, nada está suficiente, eu diria que essa pessoa não soube enxergar a natureza de um grupo político coeso, unido. Então, ele esfacelou o grupo, eu diria que ele foi o responsável por muitas coisas que aconteceram não só a mim, porque se eu não tivesse sido cassado, a ‘Matriz Econômica Ambiental’ estava [sic] implantada hoje e teríamos milhares de empregos, não teríamos centenas de jovens desempregados, nós teríamos um sistema de saúde pública mais seguro e mais forte, assim como a produção rural e muitas outras coisas. Ele causou a mim um mal-estar muito grande, mas causou um mal maior ao povo do Amazonas.

AM1: Ainda na entrevista, o Henrique falou que o senhor não estava preparado para se segurar, enfrentar esse desafio e lutar até o final pelo mandato. Ele pontuou que a cassação da chapa foi a primeira no Brasil. Comente:

José Melo: Eu tenho muito respeito ao Henrique e agradeço muito a ele porque ele foi um companheiro que comigo, quando eu tinha 1,5% e o nosso adversário tinha 67%, aceitou vir para a luta. Não concordo com certas frases do Henrique, são frases de efeito, de uma pessoa que veio de fora, chegou aqui, pegou o microfone, falava mal de todo mundo, alçou o cargo de deputado federal e depois não teve competência para eleger o filho a deputado estadual, mas eu tenho muita gratidão a ele.

AM1: A cassação se deu por suposta compra de votos, como já falamos, mas a principal personagem dessa história foi absolvida. Como o senhor vê isso?

José Melo: Vamos dar um exemplo: é como se alguém chegasse com uma pessoa e falasse assim: ‘Você está sendo condenada porque comprou esta caneta’, mas dez anos depois descobrem que ela não comprou a caneta e está livre, só que, no meio desse processo, tem um terceiro que sou eu. A Nair Blair foi inocentada e hoje está livre da acusação, porque ela realmente não comprou voto, mas o terceiro, que era eu, paguei um preço muito alto, dois anos e meio de um mandato que eu conquistei, como eu disse, com uma diferença de 173 mil votos para o meu adversário.

AM1: O senhor está na vida pública há pelo menos 42 anos. Como o senhor vê o cenário político atual no Amazonas?

José Melo: Olha, o Amazonas, um estado lindo, maravilhoso, extremamente rico, o estado que vai ser nos próximos cinquenta anos a referência para o Brasil, não é mais São Paulo, o estado que tem 20% da água doce disponível na terra e a água doce vai ser o bem mais escasso no futuro, por isso ele será uma referência de futuro. O estado que tem quase U$ 30 trilhões de nióbio, esse estado tem que ser referência, um estado que tem potássio para 150 anos do agronegócio brasileiro tem futuro, o estado que tem 97% da sua floresta preservada, que representa U$ 55 bilhões de sequestro de carbono, esse estado precisa ser visto nesse ângulo e não um estado da Zona Franca de Manaus. A Zona Franca é um modelo lindo, maravilhoso que nos sustenta, mas tem que ser visto como um dos modelos.

Tenho tristeza, porque não vejo ninguém falar sobre isso, a Zona Franca, sozinha, não basta. Vou dar um exemplo: o meu pai, o seu pai, já sofreram quando acabou o ciclo da borracha, ficamos 45 anos sem nada até surgir a Zona Franca e ela será o ciclo da borracha para os nossos netos, se nós não cuidarmos, hoje, de uma outra atividade econômica capaz de poder dar esse suporte. Eu espero que os governantes que estão aí para o futuro do Amazonas entendam isso.

Tenho visto uma polarização política entre o atual governador (Wilson Lima) e o ex-governador Amazonino Mendes, eu acho, na minha humilde avaliação, que essa polarização vai continuar, os dois vão para o segundo turno. Eu espero que eles possam, nos seus planos de governo, introduzir essa alternativa (Matriz Econômica Ambiental). Eu não vejo, com meus 75 anos de idade, tendo sido o principal assessor de quatro governadores, nenhuma outra alternativa que não seja essa. Não estamos propondo derrubar a floresta, estamos propondo manter a floresta em pé e, por meio dos meios sustentáveis, gerar alternativas econômicas viáveis.

Eu vejo todo mundo ‘assanhado’ na política, isso é ótimo, maravilhoso; mas espero que esse ‘assanhamento’ gere em alguém a vontade e firmeza de dizer: ‘Meu plano de governo está aqui, uma coisa chamada exploração racional das nossas riquezas’, mantendo a floresta em pé, mas mantendo os jovens, os pais de famílias empregados, boas escolas e tudo mais e espero que assim seja.

AM1: O senhor acredita que tem chances de ser eleito? Como tem se planejado para mostrar suas ações, projetos e fazer com que esse episódio do passado não interfira na sua campanha?

José Melo: Eu sou da velha guarda, então eu sou daqueles que faz política com planejamento. Política é como uma pirâmide, então o político tem que ter um nome, Professor José Melo, José Melo, esse político tem que ter uma história de vida, minha história de vida: fui professor, secretário de Educação, delegado do MEC (Ministério da Educação), secretário de Produção, vice-governador, governador, no meio da minha história de vida teve dois problemas: fui preso e cassado. Eu enfrentei meus medos e fui a muitos programas de rádio e televisão para explicar o que estou explicando hoje e disse: ‘Eu tive essa história de vida, no meio dessa história de vida, teve esses dois problemas e o resultado foi esse aqui: injustiça e injustiça’.

O nome, o candidato tem que ter uma proposta de futuro, dizer assim: ‘Estou aqui com a proposta de que a tua vida vai melhorar’. Qual é a minha proposta? ‘Matriz Econômica Ambiental’. Eu estou no seguinte liame, fiz tudo isso e agora o povo está analisando. Se o que eu estou falando, o povo entender que é o futuro, teremos êxito lá na frente, se não, eu me curvarei à vontade do meu patrão, que é Deus e do meu segundo patrão, que é o povo.

Em outras palavras, pretendo, sustentavelmente, apoiado na ciência e tecnologia, explorar as nossas riquezas, deixando a nossa floresta em pé, sem mexer com a floresta, porque ela em pé vale U$ 55 bilhões de sequestro de carbono e mais cedo ou mais tarde vão ter que nos pagar por isso.

AM1: Vamos falar mais um pouco sobre ZFM para terminarmos, precisamente da polêmica do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados). Qual a sua opinião?

José Melo: A Zona Franca de Manaus surgiu por conta de dois pronunciamentos feitos fora do Brasil. Charles de Gaulle (ex-presidente da França) fez um pronunciamento dizendo o seguinte: ‘O Brasil não é um país respeitável. Ele não cuida da Amazônia’; a Margaret Thatcher disse assim: ‘A Amazônia não é dos brasileiros’ e disse mais o seguinte: ‘Nós precisamos tomar conta do Brasil, porque aquilo é um patrimônio da humanidade’, então veio a revolução de março de 64 e os militares resolveram dar uma resposta geopolítica para o mundo, implantando no coração da Amazônia a Zona Franca de Manaus, e colocaram nas nossas fronteiras os pelotões de fronteira. A Zona Franca cumpriu o processo geopolítico, ninguém mais falou que a Amazônia não era nossa e ela se desenvolveu, começou como um polo comercial, de exportação e depois evoluiu para um Polo Industrial, no começo podia tudo, menos cinco segmentos, agora só pode cinco segmentos, quer dizer, ao longo dos anos a Zona Franca foi “cortada”

Qual é o problema da Zona Franca? Ela é o modelo que coloca R$ 24 bilhões no cofre do estado, que exporta líquido de receita para a União, ou seja, uma escola construída lá fora está saindo daqui, é um modelo que compra do sul e sudeste do país 75% dos insumos; mas é um modelo que está na contramão do que o Brasil pensa. Qualquer estado brasileiro gostaria de ter a Zona Franca, então a gente tem contra nós o Brasil inteiro. Ela é um instrumento que está na lei. Antes se mudava a Zona Franca com projeto de lei, agora é um decreto, uma portaria, então nós estamos no limiar de muito perigo da Zona Franca de Manaus, a insegurança jurídica. O IPI é um dos impostos que atraem os empresários para cá, ele é a cereja do bolo. Eu aqui em Manaus, para produzir uma caneta, por exemplo, tenho que comprar insumos em outro estado do Brasil ou fora dele. Navega e eu pago frete para vir para cá, aí eu produzo a caneta, mas ela não vende no Amazonas só vende no Sul, Sudeste e eu mando para lá de novo e isso tem um custo, compensa com o IPI 100%, quando o IPI vem para 25%, eu começo a pensar e se baixar mais o custo de transporte do meu produto com logística não tem mais benefício se compararmos o IPI e perguntarmos: O que o empresário que montou uma empresa aqui vai fazer? Ele vai para o mercado que está mais perto do consumidor para se livrar dessa logística, então esse é o grande perigo da Zona Franca de Manaus e nós não temos base política para enfrentar o Brasil. Nossos deputados e senadores são poucos, somos um estado longe. O Brasil acha que fez um grande favor dando a Zona Franca para nós, favor é nós que fazemos, porque toda chuva que cai em todo o país passa por aqui, é a nossa floresta que faz esse papel e, até hoje, alguém pagou algum centavo por isso?

Vamos discutir o valor da Zona Franca de Manaus? Vamos, mas reconhecendo o valor dela, se estão empregando hoje em São Paulo, é porque ela existe, se o Brasil na pauta de exportação não sofre mais é porque a Zona Franca substitui importações, quer dizer, a gente não manda as nossas divisas lá para fora, porque são feitas aqui dentro. Discutir a Zona Franca de Manaus tem que ser assim, mas a insegurança é constante e é hora de a gente imaginar que um dia a Zona Franca vai causar um gravíssimo problema para a economia do estado, esse dia, quando chegar, nós já temos que ter uma outra ‘muleta’ aqui do lado, porque se não será um desastre.