Manaus, 21 de maio de 2024
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Brasil

Jovem arrastado confessa erro, mas diz que ‘não merecia ser humilhado’

Jhonny Ítalo da Silva, de 18 anos, disse que sabe que cometeu um erro; no bilhete, o rapaz também disse que teve medo de morrer

Jovem arrastado confessa erro, mas diz que ‘não merecia ser humilhado’

Foto: Reprodução

SÃO PAULO, SP – O jovem Jhonny Ítalo da Silva, de 18 anos, que foi arrastado por um policial militar de moto, disse que errou, mas que “não merecia ser humilhado”. O caso aconteceu no dia 30 de novembro, na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, Zona Leste de São Paulo (SP).

Em um bilhete encaminhado ao programa Fantástico, da Rede Globo, Jhonny disse que teve medo de morrer no momento da prisão. “Cometi um erro, mas eu não merecia ser humilhado”, escreveu o jovem, que está detido no Centro de Detenção Provisória de Chácara Belém, na Zona Leste da capital.

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Agressões

Na ocasião em que foi arrastado de moto, o rapaz foi pego com maconha, depois que bateu sua moto na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello. De acordo com o advogado de defesa de Jhonny, Fábio Costa, o policial militar teria dito que o rapaz iria “correr uma maratona”.

Ainda de acordo com o advogado, depois que foi arrastado, o rapaz foi colocado em uma viatura da Polícia Militar, chamada para dar apoio à ocorrência, e levado à delegacia. Na viatura, entretanto, ele ainda teria sofrido agressões por parte dos policiais. A prisão de Jhonny foi convertida de em flagrante para preventiva no dia 1° de dezembro, e no dia 2, ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisória da Chácara Belém, na Zona Leste.

Veja o vídeo

A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) informou, em nota, que após tomar ciência das imagens, determinou a instauração de um inquérito policial militar para apurar a conduta do policial que praticou a ação contra o jovem. Ele não teve a sua identidade revelada, e foi afastado do serviço operacional durante a investigação.

A prisão de Jhonny rendeu até mesmo uma ação civil pública contra o governo do estado de São Paulo. A ação foi movida pela organização não-governamental (ONG) Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), junto com o Centro Santo Dias de Direitos Humanos, da Arquidiocese de São Paulo.

(*) Com informações do UOL.

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