Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Cidades

Líderes de massacre serão transferidos para presídios federais

De acordo com o governador, Wilson Lima, nove detentos devem ser transferidos até o fim desta semana. A identidade dos presos não foi informada

Líderes de massacre serão transferidos para presídios federais

Os possíveis líderes do massacre com 55 mortos, em presídios de Manaus, já foram identificados pelos órgãos de segurança pública. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), na noite da última segunda-feira,27. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, confirmou que os envolvidos serão transferidos para presídios federais.

Massacre ocorreu em três unidades prisionais (Josemar Antunes/Amazonas1)

De acordo com o governador, Wilson Lima, nove detentos devem ser transferidos até o fim desta semana. A identidade dos presos não foi informada.

As transferências continuarão em andamento, conforme o governador, a medida que os envolvidos no massacre forem identificados. Todos serão transferidos para unidades prisionais administradas pelo Governo Federal.

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O diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon, informou que serão disponibilizadas 20 vagas em presídios federais para o governo do Amazonas.

Racha na FDN causou massacre

O massacre nos presídios teria sido causado por uma racha entre os líderes da Facção Família do Norte (FDN), João Branco e Zé Roberto da Compensa. João Branco teria rompido com Zé Roberto e se aliado a rival Comando Vermelho(CV).

A separação dos fundadores da FDN ocorreu após João Branco pedir o comando da facção a Zé Roberto, que recusou entregar a liderança.

55 detentos mortos em dois dias

No último domingo,26, 15 presos foram mortos durante as visitas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. Os internos quebraram o “código do crime” ao matar detentos na frente das visitas, algo inédito no Amazonas.

Já na segunda-feira,27, novas mortes foram registradas no Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM1). Ao todo, 40 detentos foram mortos nas três unidades prisionais.