Ativista pelos direitos do animais, Luisa Mell tem compartilhado ao longo dos últimos dias, nas redes sociais, os desdobramentos do resgate em que salvou mais de 1,5 mil cães de um canil localizado na cidade de Piedade, em São Paulo.
A ação que tinha como alvo o Canil Céu Azul terminou no domingo passado (17) depois de três dias. De acordo com a Polícia Ambiental, uma denúncia anônima de maus-tratos apontou a localização dos cães. O caso ganhou repercussão rapidamente nas redes sociais e chamou a atenção de defensores dos animais e de ONG’s.
O canil usava os cães para procriar e vendia os filhotes. Vacinas vencidas foram encontradas no local, assim como gaiolas minúsculas para alojá-los. Luisa Mell passou a atuar no caso por meio do Instituto que leva o nome dela. Antes disso, a proprietária do local tentou impedir a transferência dos animais por meio de uma ordem judicial, mas o pedido de mandado de segurança foi negado pela juíza Luciana Mahuad. Segundo a decisão, o Instituto Luisa Mell não agiu ilicitamente porque a interdição do local foi realizada por funcionários da prefeitura e da Polícia Ambiental.
A proprietária do espaço também assinou um termo em que se compromete a doar os cães, que serão encaminhados para ONG’s e eventos de doação. Além de conseguir resgatar os cães, a mobilização também fez com que a rede de pet shops PETZ anunciasse a decisão de não mais vender cães e gatos em suas lojas espalhadas pelo Brasil, quatro delas localizadas em BH.
A rede comprava os cães do canil onde os bichos foram resgatados em Piedade. Inicialmente, a empresa informou que acompanhava o caso. Mais tarde, explicou que suspenderia o relacionamento com o canil e disse que criadores parceiros são visitados de forma regular por veterinários que buscam garantir o bem estar dos animais. Em outro pronunciamento, o presidente Sergio Zimerman disse que a rede decidiu não mais vender animais em uma medida considerada histórica.
A PETZ ainda explicou que os animais que já estão à venda não serão recolhidos, mas que o dinheiro obtido com a comercialização deles será revertido para ONGs de proteção animal.
Luisa Mell ameaçada
As ações de Luisa Mell diante de animais que sofrem maus-tratos irritaram criadores de cachorros e a ativista passou a receber ameças. Ela relatou, por meio de um vídeo publicado no Instagram, que tentaram invadir o centro de triagem em que os cães resgatados estavam, no Instituto Luisa Mell.
Além disso, ela contou que precisou ser escoltada pela Polícia Militar de São Paulo até em casa por também ter a vida ameaçada. “Quando eu falo que esse tipo de criador é bandido é porque é. Olha, gente, tive que ir embora escoltada porque fui ameaçada de morte”, disse.
Nessa quarta-feira (20), a ativista voltou a usar o recurso Story para contar que criadores teriam colocado fogo na porta do centro de triagem.
*Informações retiradas do BHAZ
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.
