Foto: Reprodução
Rio de Janeiro – Os enteados de Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, foram envenenados por ela com chumbinho. Um deles morreu após ficar 13 dias internado. Nas redes sociais, a mulher postava orações, mensagens de fé e esperança e a certeza de que a enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, se restabeleceria.
A suspeita de envenenamento contra Fernanda só veio à tona quando o irmão dela, Bruno, que também foi envenenado, passou mal após voltar de um almoço na casa do pai e da madrasta. O menino ficou com falta de ar, visão turva, sudorese e língua enrolando – os mesmos sintomas que a irmã sentiu.
No hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou níveis altos de chumbo em seu sangue.
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A mãe dos jovens, Jane Carvalho Cabral , suspeitou de envenenamento e procurou a 33ª DP para registrar o caso. Os investigadores então foram até a casa de do pai das crianças e recolheram a comida para análise, mas antes do resultado do exame, na quinta-feira (19), a madrasta tentou se matar.
Já na delegacia, Cíntia se manteve em silêncio, mas em outro depoimento, um filho biológico da mulher contou à polícia que a mãe confessou ter envenenado Fernanda e Bruno com chumbinho, que é veneno usado para matar ratos. A Justiça do Rio de Janeiro concedeu mandado de prisão nessa sexta-feira (20).
Postagens
Nas redes sociais, a mulher se passava por uma boa madrasta, onde postava mensagens positivas para a recuperação dos enteados. Com a piora no quadro de Fernanda, a acusada chegou a postar um vídeo com uma música gospel, uma foto da enteada e a mensagem: “Você vai vencer! Eu creio”.
A mulher ainda enchia as redes socias com publicações de recuperação e chegou a publicar uma foto em família ao lado do esposo e dos enteados.
No dia 24 de março, nova postagem dizendo que Fernanda não era fraca e ia conseguir vencer o seu mal-estar. Fernanda Carvalho Cabral morreu no dia 27 de março.
De acordo com o delegado Flávio Rodrigues, que cuida do caso, outras duas mortes suspeitas estão sendo investigadas “Seria a do ex-marido da Cíntia e de uma vizinha dela. Eles morreram repentinamente e até hoje não se descobriu as causas das mortes”, disse.
(*) Com informações do G1
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